07 fevereiro 2012

Dialécticas veredas

Noite chegada, fogosas passam as classes médias em seu alegre e ginástico footing maputense, no preciso momento em que, sentido contrário, em apressado jeito a caminho das paragens dos chapas, passam as empregadas domésticas com seus sacos plásticos. E assim, nas dialécticas veredas da vida e do destino, uns correm por prazer, outros por necessidade.

6 comentários:

Paulo disse...

Outstanding picture.

Anónimo disse...

Eu achom que correm todos por necessidade, porem com motivacoes diferentes. Enquanto a necessidade de uns (tal classe media, joggers) deriva da expurgacao dos excessos de colesterol resultante das abundantes gulesoeimas que consomem, a necessidade das outras (as empregadas) deriva da pressa em apanhar o chapa ou o TPM, para aquecer o chiquento de xima com matsau ontem sobrados! Enfim, coisas da vida!

Hamires C. Ferreira disse...

Pasmei na sensibilidade da observação! Mas o que mais se poderia esperar de um sociólogo poeta? =)

Quando eu crescer, quero ser como você. =P

Salvador Langa disse...

Repito uma palavra que usei num post anterior - brilhante.

TaCuba disse...

A Cristine disse claro, sensibilidade...

Benjamim Capito disse...

Após esta descrição, a primeira palavra que me aparece é de teatro social,cujo relator é um espectador atento