Pertenci a um tempo no qual, em certas zonas rurais do país, se fazia uso do telefone das cavilhas e da manivela: colocava-se a cavilha num número do quadro, dava-se à manivela e aguardava-se pacientemente que do outro lado da linha o destinatário atendesse. Por vezes, aqui e acolá, o tronco que sustentava o fio mágico do telefone ardia com alguma queimada feita pelos camponeses. Então, de nada valia dar à manivela. Hoje, como é mágico este pequeno aparelho sem fio, sem cavilhas, sem manivela, sem o problema do tronco queimado, cheio de coisas e funções fantásticas, havido por natural, instantâneo, ao qual chamamos celular e em cuja órbitra nascemos e vivemos, sem nos apercebermos de quão longa é a história física, química e matemática que está à sua retaguarda, de quão social é o seu natural!
2 comentários:
Francamente gostei eu que tenho um Samsung.
E é verdade, usa-se e prontos.
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