Prossigo esta série, com uma análise do jornalista João de Sousa, correspondente da Rádio Moçambique na África do Sul, sobre a abstenção verificada:
O porquê das abstenções – O meu ponto de vista
O nível de abstenção nas eleições autárquicas são resultado do mau serviço prestado à população. E porque a falta de condições básicas para uma melhor qualidade de vida traduzidas pela ausência de água potável, electricidade, saneamento do meio ambiente, transportes, ou escolas, para não falar do deprimento exemplo de terem sido construídas em alguns municípios casas de banho a céu aberto, é uma realidade, as pessoas, descontentes com este estado de coisas, decidiram não votar. A abstenção resulta destes factos que mencionei, mas também de outros numa África do Sul de contrastes. Os pobres, dum lado da barreira e os ricos do outro.
Não foi por acaso que antes do dia das eleições autárquicas aqui na África do Sul as populações se manifestaram em vários pontos do País. Foi a primeira chamada de atenção ao Governo de Jacob Zuma. Os resultados estão à vista.
Isto não significa dizer que o partido no poder não vai sair vitorioso na maioria dos municípios do País. Claro que vai sair mas vai sair fragilizado. E a postura tem de ser de mudança. Aliás Winnie Mandela já chamou a atenção para este pormenor, quando afirmava que “estas autárquicas são o grande teste para as eleições gerais de 2014”.
As populações conhecem os exemplos do dia a dia que são tornados públicos aqui. Do Ministro que decide utilizar fundos do Estado para benefício pessoal. Do Ministro que utiliza dinheiro do erário público para se hospedar em hotéis de 5 estrelas, alugar uma “limousine”, viajar em primeira classe e visitar a sua namorada presa na Suíça. Ou ainda da esposa do Ministro que foi sentenciada a 12 anos de prisão (vai responder em liberdade provisória) por se ter comprovado o seu envolvimento no tráfico de drogas.
Este povo não tem memória curta. Por isso luta contra este tipo de coisas. Por isso se manifesta. Por isso se absteve de votar, levantando assim o seu “cartão vermelho” ao actual sistema de Governação da África do Sul.
O porquê das abstenções – O meu ponto de vista
O nível de abstenção nas eleições autárquicas são resultado do mau serviço prestado à população. E porque a falta de condições básicas para uma melhor qualidade de vida traduzidas pela ausência de água potável, electricidade, saneamento do meio ambiente, transportes, ou escolas, para não falar do deprimento exemplo de terem sido construídas em alguns municípios casas de banho a céu aberto, é uma realidade, as pessoas, descontentes com este estado de coisas, decidiram não votar. A abstenção resulta destes factos que mencionei, mas também de outros numa África do Sul de contrastes. Os pobres, dum lado da barreira e os ricos do outro.
Não foi por acaso que antes do dia das eleições autárquicas aqui na África do Sul as populações se manifestaram em vários pontos do País. Foi a primeira chamada de atenção ao Governo de Jacob Zuma. Os resultados estão à vista.
Isto não significa dizer que o partido no poder não vai sair vitorioso na maioria dos municípios do País. Claro que vai sair mas vai sair fragilizado. E a postura tem de ser de mudança. Aliás Winnie Mandela já chamou a atenção para este pormenor, quando afirmava que “estas autárquicas são o grande teste para as eleições gerais de 2014”.
As populações conhecem os exemplos do dia a dia que são tornados públicos aqui. Do Ministro que decide utilizar fundos do Estado para benefício pessoal. Do Ministro que utiliza dinheiro do erário público para se hospedar em hotéis de 5 estrelas, alugar uma “limousine”, viajar em primeira classe e visitar a sua namorada presa na Suíça. Ou ainda da esposa do Ministro que foi sentenciada a 12 anos de prisão (vai responder em liberdade provisória) por se ter comprovado o seu envolvimento no tráfico de drogas.
Este povo não tem memória curta. Por isso luta contra este tipo de coisas. Por isso se manifesta. Por isso se absteve de votar, levantando assim o seu “cartão vermelho” ao actual sistema de Governação da África do Sul.
(continua)
7 comentários:
Dá para comparar com a nossa terra, acho eu.
Aqui há quem tenta disfarçar a abstenção que se verifica no maravilhoso povo.
A insatisfação demonstra-se com o voto não com abstinência. África é pobre demais para achar que tem muitos a fazer fora da vida política do país...
Morar em Sandom ou coisa parecida não dá para ver townships. Agora não é apartheid mas ANCcheid. Lol.
Se tivesse que comentar...
Uma das razões da abstênção é não ver em quem votar. Por exemplo, não tenho elementos para votar em B, não obstante o A em que votei nele no passado não está a corresponder as expectativas e confiança que nele depositei... Abstênção, para mim, é votar a favor e/ou contra não votando a A e B... Por isso, a abstênção constitui uma das formas de manifestação da insatisfação. E os nossos políticos, embora tendem a menosprezar a questão da abstenção, esta coloca em causa a legitimidade não só do governo mas, como bem aponta Luis de Brito, também da governação (isto inclui para além do governo, outras organizações/instituições políticas).
Agora, uma coisa é certa: Guebuza sempre disse que a nossa "a pobreza" está nas nossas "cabeças" "é uma questão de mente"... Mas nós não percebemos nada sobre isso... é por isso que João de Sousa, ao reparar o acontecimento das "coisas" na África do Sul (eleições municipais) sublinha "Este povo não tem memória curta"... Esse problema de mente que tanto Guebuza tem falado... "eles não têm!"
Mas não comentei!
Obrigado!
Eu acho que o grande problema está em aceitar que a história é como é, o grande problema é vivermos mergulhados na inércia, esta é a verdadeira inércia.
A dialetica aqui e a de sempre. Dividir para reinar. Eis o segredo das milenares casas reais europeias. E a explicacao para a longevidade do sistema capitalista...
O socialismo, com o seu igualitarismo, reduz tudo a expressao mais simples de uma igualdade de numeros nulos. Uma evidencia que resultou da soma de todas as miserias equitativamente distribuidas. Por isso, foi extinto!
E chegou-se assim ao pantano das ideias, onde as inevitabilidades se tornam tao teimosas ate a ascencao do proximo MESSIAS que nos ira prometer um mundo novo e melhor. Hitler, foi eleito. Stalin, tambem, foi eleito. E por processos democraticos, que eles depois negaram. E assim e a historia do Homem. Que bom seria se todos nos, OS VOTANTES, cultivassemos o habito de a ler periodicamente.
Poupariamos saliva, retorica e...muita conversa de chacha!
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