30 julho 2006

O acto inaugural da ciência

Desembarca na vida como se fosses um turista: verás, então, que tudo o que antes de molestava, te magoava, te aborrecia, te entediava, se torna repentinamente novo, diferente, atractivo.
Terás a alma livre, pacificada.
Só então te tornaste realmente investigador.
Sabes, a surpresa é o acto inaugural da ciência.
Mas olha, não falo para o cidadão que és, mas para o sociólogo que podes ser. Custa? Claro que custa e estou quase certo de que não conseguirás ter êxito, pois o cidadão que és oxigena em permanência o cientista que queres ser. Mas tenta, apesar de tudo.
O que proponho é contraditório? Ainda bem que é. Porque se o espanto é o acto inaugural da ciência, a contradição é a sua possibilidade de vida.

_______________________________
Esta ideia de ver a vida pelos olhos do turista foi-me emprestada por um leitora deste diário, Resaly.

3 comentários:

Anónimo disse...

Entiendo la idea que quieres transmitir. Pero hay un matiz, importante creo. No se puede ser eternamente turista de la vida. La realidad que te rodea (no tiene porque ser cercana), te molesta, te enfada, te hiere...y así debiera ser.!!
El turista, mira lo que le rodea con la distancia que le proporciona saber precisamente eso, que es "turista", está de paso ni se implica, ni le importa. Siente curiosidad...para que?
No sé si me he explicado lo que quiero decir.
Carmen

Carlos Serra disse...

Gracias pelo teu comentário. Já melhorei o texto. Depois dirás algo, está bem? Hasta luego.

Anónimo disse...

la ciduadana que soy vive llena de contradicciones..gracias por aceptar mi colaboracion!! yo comprendo mejor ahora el significado de la entrada...
Carmen