Sexto número da série. Permaneço no primeiro número do sumário proposto aqui. 1. A construção institucional do conflito. Escrevi no número anterior que o que estava em jogo era a exigência, por parte dos médicos, de melhores condições de vida. O que respondeu o Estado através dos seus porta-vozes? Respondeu basicamente da seguinte forma: (1) A greve era ilegal; (2) A greve estava a ser conduzida por quem trabalhava no sector privado; (3) Os médicos deviam respeitar a saúde das pessoas e não esquecer o juramento de Hipócrates; (4) Os médicos deviam compreender as dificuldades de um país que não pode pagar o que não tem; (5) Os médicos podiam sofrer sanções disciplinares. Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)
2 comentários:
Talvez a procissão ainda vá no adro.
Quem ficou para trás da realidade é justamente o berço de grande parte destes destemidos cidadãos- a faculdade de medicina! Não é que o Magazine reporta sanções aos médicos estagiários que aderiram a tão valiosa manifestação de cidadania, com ameaças de reprovação e tudo? Pouco atenta à direcção dos ventos esta Direcção da faculdade de medicina da UEM.
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