30 agosto 2019

Evacuação da história

Há como que um consenso elitário em torno de uma africanidade essencial, biologizada e a-histórica, agindo homeostaticamente em todos os Africanos, operando a modos de um tropismo ou de um reflexo pavloviano. Nas palavras de Balandier, como se fixadas num eterno presente etnográfico. Um bom e recorrente exemplo é o de muitos de nós dizermos, serena e quantas vezes publicamente, que a norte do Zambeze as populações são matrilineares e a Sul, patrilineares, como se só esse pudesse ser o fatal e congelado destino dos Moçambicanos.

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