Há como que um consenso elitário em torno de uma africanidade essencial, biologizada e a-histórica, agindo homeostaticamente em todos os Africanos, operando a modos de um tropismo ou de um reflexo pavloviano. Nas palavras de Balandier, como se fixadas num eterno presente etnográfico. Um bom e recorrente exemplo é o de muitos de nós dizermos, serena e quantas vezes publicamente, que a norte do Zambeze as populações são matrilineares e a Sul, patrilineares, como se só esse pudesse ser o fatal e congelado destino dos Moçambicanos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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