Há gente que acha que cidades e ruas são meros aglomerados de pessoas diferentes. Porém, cidades e ruas são ocupadas por pessoas permanentemente inscritas em relações assimétricas de produção e distribuição, relações que nada têm a ver com os postulados abstractos de "unidade", "universalidade", "globalização" e "diferença cultural". Não ter em conta o sóciometabolismo (para usar um termo de István Mészáros) dessas relações é não compreender ao mesmo tempo a unidade e a diversidade das manifestações mundiais de protesto e aspiração a novos tipos de vida.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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