03 abril 2014

A propósito do ataque ao comboio da Vale

Primeiro recorde o ataque neste diário aqui. Depois confira este extracto de um texto meu: "Não são poucas as vozes que, generosamente, têm da paz uma concepção idealista, no sentido de que basta as pessoas sentarem-se e conversarem amenamente para tudo ficar resolvido. São, digamos, concepções-aspirina, para aproveitar a expressão “acções-aspirina” do pedagogo brasileiro Paulo Freire (aquelas acções “cujo pressuposto fundamental é – escreveu ele - a ilusão de que é possível transformar o coração dos homens e das mulheres deixando intactas as estruturas sociais dentro das quais o coração não pode ter “saúde"). Ora, o conflito existente nada tem de edílico e repousa unicamente numa coisa complexa e múltipla: partilha de recursos de poder e prestígio. A eventual resolução do conflito tem a ver com a passagem de uma situação de soma-zero para uma situação de soma não-zero, de uma situação em que A ganha tudo para a situação em que B e C também ganham. É aí que reside o coração do problema, seja em sua existência, seja em sua resolução." - texto na íntegra aqui.
Adenda às 5:36: leia a "Folha de Maputo" e o "Notícias" respectivamente aqui e aqui.

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