"Porque as condições de vida em Moçambique, o tipo de inimigo que nós temos, não admite qualquer outra alternativa. É impossível criar-se um Moçambique capitalista, seria ridículo lutar para destruir a estrutura económica do inimigo e reconstruí-la a favor do inimigo. Seria ridículo, já o dissemos várias vezes. Ora nós não vamos fazer isso. Nós vamos criar um sistema económico socialista e há agora uma riqueza de experiências de vários países socialistas que nós vamos estudar e aprofundar." - Eduardo Mondlane entrevistado por Aquino de Bragança, logo a seguir ao II Congresso em 1968 da Frente de Libertação de Moçambique - Bragança, Aquino de e Wallerstein, Immanuel, Quem é o inimigo (II). Lisboa: Iniciativas Editoriais, 1978, pp. 200-201
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Muito interessante estas nuances politicas de Mondlane. Como as 4 estacoes do ano. E so pena que Leo Milas nunca tenha sido entrevistado tambem apos aquela data.
Muito interessantes estas nuances do mister Ricardo, os dias são de Milas pois claro. Já agora que pena Mondlane não ler estas tiradas de todas as estações.
Sr. Langa, rogo-lhe que va pescar a Pemba junto dos seus.
Naquela altura eram todos jovens e idealistas. Agora estao todos mais crescidos e mais pragmáticos e materialistas. Sao as metamorfoses da vida.
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