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A mobilidade do colonizado é criteriosamente seguida através de cadernetas, de tiquetes e de vales das cantinas. Ano após ano, década após década, essa agrimensura da vida do colonizado atinge momentos de perfeição quase inacreditáveis. A vida do colonizado é esquadrinhada minuciosamente, autoritariamente, a sua terra ganha uma visibilidade total, tornando-se uma espécie de panopticum benthamiano. Tudo é apontado, catalogado, numerado, milhares e milhares de diferentes tipos de documentos, minuciosamente arrumados, guardam a memória da vida e dos movimentos dos colonizados.
Prossigo mais tarde.
(continua)
2 comentários:
Continuo a repetir - não vamos esquecer o tempo que passou.
O problema é saber se as sementes dessa mentalidade não ficaram em muitos de nós...
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