16 fevereiro 2012

Mais quatro hospitais privados no país

Segundo o "Canal de Moçambique" digital de hoje, quatro novos hospitais privados serão construídos em Maputo, Matola, Tete e Nampula por uma empresa moçambicana parceira de um grupo sul-africano. O cardiólogo Albertino Damasceno, membro da iniciativa, é citado pelo jornal dizendo que ela vai permitir "cuidados médicos privados de primeira categoria". Aqui. Recorde neste diário aqui e aqui.
Observação: dirão alguns que estamos na proa do desenvolvimento - para fazer uso da palavra da moda -, sem dúvida que estamos, pelo menos de um determinado tipo de desenvolvimento privado para um determinado grupo social ou para determinados grupos sociais. Já agora, talvez não fosse má ideia fazer-se um estudo percepcional e comportamental nos hospitais públicos do país, abrangendo médicos, enfermeiros, serventes e doentes com base num tema do género "Noção e prática de desenvolvimento nos hospitais públicos do país". Quero acreditar que seria um estudo de primeira categoria.

10 comentários:

Salvador Langa disse...

Então Professor ainda se espanta?

Felippe disse...

Primeiro eles constroem Hospitais privados, depois eles elegem seus "lobistas" que, em seguida, sucateiam a saúde pública. Fiquem de olho!

TaCuba disse...

Ponho a imaginar-me o que diria Samora se pudesse voltar à vida...

ricardo disse...

E a receita PORTUGUESA das PPP's agora repetida em Mocambique...

Sabe-se hoje qual foi o resultado disso.

Marta disse...

Hospitais públicos com má prestação de serviço tem agora seus médicos a criar hospitais privados cuja velocidade a surgir deverá um dia igualar a das universidades...As bananas da República!

Anónimo disse...

Se há crescimento económico no país,alguém beneficia disso, mesmo sendo uma minoria, logo há procura de serviços mais personalizados.

Tratando-se de investimento privado, qual o mal que isso representa? Querem que os mesmos privados levem o capital para outros países?

É verdade que as unidades hospitalares privadas não são acessíveis à maioria, mas o que é que neste país é acessível à maioria da população? Lamentavelmente a pobreza!

Paulo disse...

Gramei à brava do leitor anónimo de Darwin...

Xiluva/SARA disse...

Hoje dizemos sem corar que a pobreza é para a maioria...rsrsrsrs...

ricardo disse...

Mas e evidente que se nao houvesse multinacionais (e muitas mais multinacionais a chegar) nunca haveria HOSPITAIS privados. Este e que e o mercado que alimenta a medica combustao. O resto e paisagem costumeira HIV/SIDOTICA, outro negocio da China...

Como esta (e outras): http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21332-casos-sociais-dramaticos-na-provincia-de-inhambane.html

Mas que servico publico cura as maleitas do Povo?!

nachingweya disse...

Não me oponho ao surgimento de hospitais privados da mesma forma que não me oponho ao crescente numero de carros privados em reacção à inddisponibilidade de transporte público. Até porque o hospital privado pode ser o único meio para profissionais de mão cheia servirem o público quando lhe é cerceado espaço na saúde pública por uma qualquer besta política.
Mas como em tudo, precisa-se de regulação.
O cenário actual de exercício de medicina privada demonstra a existência de turbo médicos com salários no estado e biscates em todas as outras clinicas. E os hospitais ou clinicas devem também possuir um certo mínimo de condições para além de um bebedouro, uma tv na recepção e uma marquesa.
Regulação.