O jornalista Borges Nhamirre tem na edição digital de hoje do "Canal de Moçambique" um texto interessante intitulado "Milhares de estudantes podem perder ano lectivo ao meio". O texto é interessante por mostrar (1) a luta de duas linhas pela hegemonia de uma instituição considerada universitária, (2) a batalha legal decorrente e (3) o que o Borges chama "dilema dos diplomas". Pode acontecer que uma pesquisa na Mussa Bin Bique (assente em pontos como estrutura curricular, perfil e qualificação dos docentes e sistemas de avaliação) talvez permita saber se há um problema mais profundo do que aquele que consiste em decidir sobre quem tem autoridade legal para assinar diplomas em meio à luta de preeminência em curso.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Alguém deve pensar que Allah está a dormir.
Quando o Corao se refere ao pecado da USURA, certamente este e um dos seus exemplos. Pergunto por isso, o que diria o dr. Mohamed (médico egípcio da Cruz Azul que comigo compartilhou um dia, o sonho de ver esta universidade a nascer, mesmo não sendo eu crente isslâmico) se isto lhe chegasse aos ouvidos. Pelos milhares de dólares que em lobbies mobilizou para o projecto sair do papel, hoje transformada numa torre de BABEL!
Por isso, o que eu poderia sugerir aos crentes de Allah de tão afanosa bicéfala universidade é a leitura das Suratas 2:96, 28:38 e 40:36-37 e os escritos Islâmicos de Yaqut (i, 448 f.) e de Lisan el-Arab (xiii. 72). E aos outros, que não entendem árabe, um resumo destas em Gênesis 11, 1 - 9.
É o mínimo, embora não acredite que eles o consigam fazer em quinze dias...
Nao tem faltado aviso aos que deveriam cuidar de garantir qualidade. O politicamente correcto se sobrepoe ao tecnicamente recomendavel e e no que da. Muito mais vira e o preco sera muito mais alto. Imaginem quantos jovens vao, daqui a 10 anos, ter diplomas sem nenhum valor no mercado e que correrao o risco de nao terem o que fazer embora convencidos que foram formados.
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