01 janeiro 2011

Sobre as igrejas-empresas

Do blogue de Marcos Pinheiro, pregador e engenheiro: "(...) Muitos líderes pensam em igreja como pensam em supermercados. As mega-igrejas-empresas se tornaram semelhantes a McDonalds, Burger king, Habib´s, mercadejando serviços como estilo de música, berçários, clube de esportes, departamento de danças e coreografias, departamento de psicoterapia, conforto ambiental com poltronas, ar-condicionado, piso de granito, tapete persa e estacionamento garantido. (...) Observa-se agora que o líder entra na igreja com uma pasta de executivo e não mais com a Bíblia. As igrejas-empresas em vez de expor a verdade bíblica e corrigir a vida de uma geração mergulhada no pecado têm escolhido descer na correnteza e dar aos ouvintes o que eles querem." (imagem reproduzida daqui)

5 comentários:

ricardo disse...

Previsivelmente, a Biblia ja se referia a eles, como percurssores do FIM DO MUNDO.

E tudo indica que essa e a VERDADE!

P.S.

Aborrecido mesmo e ter duas cadeias televisivas locais de sinal aberto a disputarem audiencias, em nome de duas seitas religiosas rivais, vendendo AO GOSTO DO FREGUES.

Nesta Republica das Bananas, que e Mocambique burla colectiva ja nao e crime. E empreendedorismo.
E ja agora, sera que os novos WIKILEAKS de Maputo nos irao revelar tambem que estas igrejas sao imensas lavandarias a ceu aberto?

Nao sei porque, mas deu-me vontade de ler Luiz Vaz de Camões...

As armas e os barões assinalados
Que da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.

-- Luís de Camões,
Os Lusíadas (1572)
Canto I, 1--2

ricardo disse...

E J.P. Grabato Dias também, para sentir que estou novamente neste mundo...

E vinde cá meu certo inimigo
remordido de muitos desatinos
com que, por quem até sem crêr, consigo
levar-vos a bolsar tantos verrinos;
vinde cá, que vos quero por amigo
inda que tenha por doestros finos
de cambiar toda a feroz moeda
que meu entendimento me conceda!

Vejo quanto não vejo ou ver não quero
por temor de que o visto se suceda
obrigado por existir no tempo zero
de onde por futura-lo não se arreda

Canção X - As Quibíricas
J.P. Grabato Dias

Unknown disse...

Gostei de ler este texto. Nos dias de hoje realmente é dificil encontrar pregodores com coragem e audacia para pregar sobre a verdade que liberta. Diga-se de passagem, mais dificil ainda esta a possibilidade de pregar esta verdade pois até leis para impedir que a palavra de Deus seja pregada como Ele quer já estão sendo criadas. Mas Deus é mais e sempre será com aqueles que se mantiverem na fé e na coragem de ter um propósito firme que é o de Pregar o evangelho de Jesus...Na fé...Janaina Maria

Anónimo disse...

Caro prof. Temos muitas em terras brasileiras. Inclusive servindo de mote para frases do tipo "pequenas igrejas, grandes negócios", por conta de um antigo programa de tv por aqui. Certamente o velho Marx tinha razão ao falar do fetichismo da mercadoria.

Por outro lado, seitas/crenças/crendices funcionam bem como tropas de ocupação,... além de serem muito lucrativas !!

Cumprimentos,
Paulo; Brasil

Foquiço disse...

Bom dia!

Boas entradas para com todos!

Eu li a obra de Nietzsche, entitulada "O Anticristo", por conseguinte, gostaria de ouvir comentários que relacionassem o fenómeno das igrejas-mercados e a tese defendida naquela obra.

Obrigado.