Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
5 comentários:
Estranhamente, o articulista nem sequer se referiu ao capitalismo chines e as zonas francas industriais na costa e interior de Mocambique...
Omissao importante, para quem pretender analisar o impacto dos megaprojectos no desenvolvimento socio-economico de Mocambique.
Alias, porque ZONAS FRANCAS tao proximo dos locais de extraccao mineral?
Sera por acaso?!
Senhor Ricardo,
O que o capitalismo chinês tem a ver com os megaprojectos em Moçambique, só o diabo deve saber.
As zonas francas estão próximas das zonas de exploração mineira? Beluluane não é zona de exploração mineira. Tete não é zona franca. Nacala não tem exploração mineira. A mineração de Moma nada a tem a ver com a zona franca de Nacala. O sistema de escoamento é de barcaças, ali mesmo junto às águas de Topuito.
Está de parabéns o Johannes Beck. Não podia fazer um artigo-sopa de pedra, metendo tudo o que diz respeito à economia moçambicana num mesmo artigo. Citou dois economistas com pontos de vista diferentes: Magaço e Carlos Nuno.
Bom ano 2011
Pedro Vítor, Tete
Pois a resposta e muito simples. O minerio que alimenta a combustao nao ira de navio, ficara ali.
Ao inves de se transportar materia prima por 10.000 km e depois produzir bens acabados que novamente serao exportados, nao seria mais economico e lucrativo ter as fabricas proximo das fontes energeticas?!
Para bom entendedor...
Senhor Ricardo,
Agora percebo que tenta discutir tudo ao mesmo tempo, que nem sequer foram objecto do artigo do Beck: capitalismo chinês, megaprojectos, zonas francas...e agora...abastecimento/aprovisionamento, transporte de matérias-primas e suas relações com a lucratividade...se quer uma resposta à pergunta do seu último comentário, é NEM SEMPRE LOCALIZAR UMA FÁBRICA JUNTO À MATÉRIA-PRIMA É MAIS LUCRATIVO DO QUE O CONTRÁRIO. E pode olhar à sua volta e ver milhares de exemplos...Mozal, fábricas da Coca-Cola, da Nike, da Toyota, etc. etc...
Pedro Vítor
Agora percebo que V.Excia e um "especialista" nestes assuntos.
O que afirmei e que, com as zonas francas, a cadeia de producao fica completa e circunscrita geograficamente. Ou em linguagem de pastor, o mesmo que DO CAPIM AO BIFE, passando pelo boi, talho e o cozinheiro! Nao ha que percorrer um hiato temporal, nem de espaco para se obter o produto final ao consumidor a precos competitivos. Ou seja, custos de transporte ate a linha de producao = ZERO, ou quase isso.
As barcacas de carvao que V.Excia ve a navegar no Zambeze ate ao porto da Beira so existem, porque nao ha industria transformadora que justifiquem o seu consumo local. Havendo-as, as barcacas ficam no cais ou transportam bens alimentares para a pessoas que trabalham nelas.
Se a China monta uma fabrica de automoveis aqui, onde e que esta o seu mercado?
Responda.
E ja agora que falou da Coca Cola. Diga-me uma coisa, as latas usadas no enchimento dos refrigerantes sao produzidas (ou ao menos recicladas) em Mocambique?
Responda.
E o aluminio usado no fabrico das mesmas e produzido por quem?
Responda.
Se me demonstrar que o custo de producao de um bem de consumo numa fabrica chinesa situada numa zona franca, nos termos em que expus, e MUITO SUPERIOR a outra situada em Beijing, entao, os meus parabens...
E um verdadeiro GENIO da economia!
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