02 janeiro 2011

África enquanto produção cognitiva (13)

Mais um pouco da série, dedicada a mostrar como, através das ideias de Hegel no seu livro oitocentista A razão na história, operou e continua a operar um certo tipo de produção ideologizada sobre África. Eis a continuidade das ideias:
Cada país possui os seus próprios feiticeitos (sic). Em tempo de guerra ou de paz, compete-lhes aplacar os elementos naturais danosos. Por exemplo, em tempo de seca devem fazer chover. Os feiticeiros não invocam Deus, mas, magicamente, os poderes naturais, o que fazem entre cantos e danças, bebendo líquidos embriagadores, entrando em transe. A nível popular, tudo na natureza tem um poder que deve ser tido em conta e manipulado. Cada Africano usa um feitiço (sic) para se proteger. E cada Africano pratica o culto aos mortos, comunicando com os espíritos dos antepassados. O que são espíritos? São homens despojados da sua imediatez, do seu corpo.
Prossigo mais tarde.
* Hegel, G.W.F, La razon en la historia. Madrid: Seminarios y Ediciones, S.A., 1972, pp. 275-277.
 (continua)

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