"O grande actor político comanda o real pelo imaginário", assim escreveu um dia Georges Balandier . Comandar o real pelo imaginário e fazer levedar o real com o símbolo e a utopia, tentar persuadir as pessoas de que é possível ser-se outramente ou de que é possível ver-se outramente, enfim produzir a imagem, a crença, a vertigem da "instituição imaginária da sociedade" (expressão de Cornelius Castoriadis), bem como os reflexos adequados - tal é o objectivo central do conjunto de técnicas da propaganda eleitoral. A propaganda eleitoral visa seduzir e dirigir a opinião pública. O seu fundamento não é o real, mas a imagem que as pessoas constroem desse real.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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