O terceiro número desta série. Efectivamente tudo parece natural, definitivamente daltónico, nas cores raciais. A gente diz: é um branco, é um negro. E prontos, com o enxerto de valores positivos ou negativos, está terminado o menu classificatório. Decide-se: a raça nasce da cor, o racismo é uma extensão da raça. Porém, quero defender que não é a raça que dá origem ao racismo, é este - em meio à disputa de recursos de poder - que gera a raça, a visibilidade da raça, da cor, do fenotipo social. Permitam-me que prossiga mais tarde.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
1 comentário:
Tudo depende do sítio onde se está, em baixo ou em cima ou mesmo no meio.
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