O apelo à excepcionalidade do big man representa, quase sempre, o eclipse das instituições, a falta de confiança nelas. Representa, também, um enorme desejo de divindades. Como que uma regra universal, é forte a convicção de que a cura dos problemas sociais depende do líder providencial, do líder capaz de realizar milagres sociais, da sua varinha mágica. É a sociedade pensada não como obra institucional, como percurso colectivo, mas como obra de um messias. É, finalmente, a recusa da democracia, a sua morte, é a troca da razão pelos sentidos, é a inteligência intimidada como diria Freud. Daí o êxito eleitoral dos populismos.
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