Tenho por hipótese de que vivemos com o espírito do carreiro aberto na savana, da picada, como se diz. Alguém um dia passou num sítio, a seguir passou mais alguém, depois passaram outros e por aí fora. Já ninguém se lembra de quando surgiu a picada nem de quantos variados e desencontrados sapatos ou pés a pisaram. Mas, claro, sempre aparece alguém a defender os primórdios dos seus sapatos ou pés.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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