O discurso publicitário urbano actua como um liquefazedor, diluindo diferenças, fronteiras, códigos e barreiras. Vivemos na era da modernidade líquida, para dizer como Zygmunt Bauman. É a este nível que a publicidade cria necessidades novas, igualiza paixões e signos, forma colecções amorfas de indivíduos ansiosos pelo consumo. A coluna vertebral da modernidade líquida é o espectáculo, a promoção do sensorialismo gerido por combinações fantásticas operadas no tempo, no espaço e na imagem. Na verdade, o discurso publicitário urbano procura diluir estatutos, grupos, classes e desigualdades, criando o perfil de um corpo social homogéneo capaz de comportamentos previsíveis, expressão da modernidade líquida.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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