Nada custa fazermos uso acrítico de termos e expressões do género "os homens", "as mulheres", "o ser humano", "a sociedade civil", "a natureza humana". Por outras palavras: nada custa aceitarmos e praticarmos, não poucas vezes de forma inconsciente, o feiticismo da aparência, despojando os seres sociais da sua determinação social, dos seus grupos, das suas classes, dos seus antagonismos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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