Perante a carestia de água em Maputo, eu e familiares estamos a aprender as virtudes da água da chuva e as virtudes da poupança de água. Uma caleira, um tubo e um tanque permitem-nos agora guardar mil litros de água da chuva. A água da chuva só em última análise deve ser bebida. A fervura mata as componentes biológicas, mas não as químicas. Muito cuidado deve haver com os poluentes urbanos. Mas a água da chuva que passaremos a ter servirá para três coisas: rega dos jardins, lavagem dos carros e, se necessário, utilização nas retretes. Aprendemos, já, a reutilizar para as retretes a água do banho (retida pelo vedante da banheira e apanhada com caneca para um balde) e da máquina de lavar roupa (vertida para um balde), Aprendemos ser possível tomar um bom duche com cerca de sete litros de água. Finalmente: aprendemos a lavar a louça com água controlada numa bacia.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário