Lenda urbana, boato ou rumor é "um relato anónimo, breve, com múltiplas variantes, de conteúdo surpreendente, contado como verdadeiro e recente num meio social do qual exprime de maneira simbólica os medos e as aspirações" (in Renard, Jean-Bruno, Rumeurs et légendes urbaines. Paris: PUF, 2006, 3.e éd., p. 6).
Número inaugural aqui, número anterior aqui. Observei no último número que era necessário considerar um terceiro êmbolo, o das representações negativas concernentes aos estrangeiros na cidade de Maputo.Mas tenho para mim que é necessário considerar um terceiro êmbolo, o das representações negativas concernentes aos estrangeiros na cidade de Maputo. Na verdade, uma parte importante das barracas e dos contentores da periferia da cidade de Maputo (negócio de roupas, de bebidas, de troca de moeda, por exemplo) está a ser gerida por estrangeiros como Nigerianos, Burundeses, etc., gente que - defendem muitos Moçambicanos - só pensa nela e nos seus parentes e amigos. No seio de muitos Moçambicanos existe a crença generalizada de que os estrangeiros (os Nigerianos são largamente referenciados) têm acesso privilegiado a meios que os locais não podem ter, que são ricos porque são proprietários de uma magia muito especial, muito potente, que eles são grandes feiticeiros [veja Serra, Carlos (dir), A construção social do Outro, Perspectivas cruzadas sobre estrangeiros e Moçambicanos. Maputo: Imprensa Universitária, 2010]
Número inaugural aqui, número anterior aqui. Observei no último número que era necessário considerar um terceiro êmbolo, o das representações negativas concernentes aos estrangeiros na cidade de Maputo.Mas tenho para mim que é necessário considerar um terceiro êmbolo, o das representações negativas concernentes aos estrangeiros na cidade de Maputo. Na verdade, uma parte importante das barracas e dos contentores da periferia da cidade de Maputo (negócio de roupas, de bebidas, de troca de moeda, por exemplo) está a ser gerida por estrangeiros como Nigerianos, Burundeses, etc., gente que - defendem muitos Moçambicanos - só pensa nela e nos seus parentes e amigos. No seio de muitos Moçambicanos existe a crença generalizada de que os estrangeiros (os Nigerianos são largamente referenciados) têm acesso privilegiado a meios que os locais não podem ter, que são ricos porque são proprietários de uma magia muito especial, muito potente, que eles são grandes feiticeiros [veja Serra, Carlos (dir), A construção social do Outro, Perspectivas cruzadas sobre estrangeiros e Moçambicanos. Maputo: Imprensa Universitária, 2010]
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