02 setembro 2012

Apartheid não tem raça: massacre de Marikana (13)

"Para que as coisas permaneçam iguais, é preciso que tudo mude." (Tancredi)
Décimo terceiro número da série, crédito da imagem aqui. Escrevi no número anterior que o rosto de Jano não diz apenas respeito às elites sul-africanas em si, diz especialmente respeito a um fenómeno bem mais global, diz respeito ao aguilhão do apartheid, aguilhão que, afinal, não tem raça. Na verdade, o apartheid social é bem mais global do que o apartheid racial. Esse apartheid social nada tem a ver com a pigmentação, mas com desigualdades sociais. Com defendeu Waldo Mermelstein, o apartheid económico mantém-se na África do Sul. O ex-dirigente sindical Cyril Ramaphosa,  condutor de um gigantesco protesto mineiro em 1987, não precisou mudar de cor para ser hoje, dirigente senior do ANC que é, multimilionário. Prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

nachingweya disse...

Acusar os 270 mineiros de homicídio e inocentar a policia do assassinato dos 34 mineiros pode equivaler a tentar extinguir o fogo com gasolina. Isso acontece quando o desespero comanda.