Décimo sexto número da série, com tema referido aqui, prosseguindo o sexto ponto do sumário sugerido aqui: 6. Morfologia genérica de um fenómeno. Escrevi no número anterior que rostos diversos e sem relação uns com os outros, podem possuir, porém, um mesmo fio de Ariadne, um mesmo denominador. Que denominador? O dos processos de acumulação de riqueza. Na verdade, o que as pessoas questionam é a diferença social carregada de visibilidade, é o bem-estar considerado acima da norma social. A acusação de feitiçaria - extremidade da suspeita - surge, então, a esse nível, como um neutralizador, como um mecanismo de defesa, como um fusível social. Prossigo mais tarde.
(continua)
* Entretanto, recorde a minha série em 14 números intitulada Ionge: populares acusam autoridades de prender a chuva no céu, aqui. Para um excelente livro em francês que estabelece uma relação entre a percepções populares, feitiçaria, política e enriquecimento, consulte Geschere, Peter, Sorcellerie et politique, la viande des autres en Afrique. Paris: Karthala, 1995.
1 comentário:
Ora aqui está bom queijo para aparecer alguém a dizer que os invejosos preguiçosos não gostam dos ricos trabalhadores.
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