Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
30 abril 2010
Do obituário dedicado a Orlando José
Predadores
Sapatos
Postagens na forja
A "hora do fecho" no "Savana"
* Os securocratas estão cabisbaixos. Vem aí o visto único para a SADC, o que é menos mola e corrupção para as sanguessugas que adoram o discurso da soberania e da segurança nacional.
Consultorias e externalização das ciências em África
- Cerca de 30% dos cientistas trabalham sob o acicate de uma encomenda externa e não nos carris integrais da carreira académica
- A actividade exerce-se em redes mundiais
- A procura internacional (e não mais nacional) regula as agendas de pesquisa
- A busca de benefícios (mais do que de saberes) tornou-se a máxima de acção
- É o mercado que, cada vez mais, regula e avalia a actividade dos pesquisadores, não os pares.
A esse cenário escapam, ainda, países como a África do Sul e alguns países do norte de África. Confira em francês aqui. Para traduzir:
29 abril 2010
"Samora Machel: atentado ou acidente?"
Postagens na forja
Fibra óptica e TDM
Ciências sociais e verdade (6)
E nascendo, os seus autores fizeram-no com o objectivo de obter um saber sistemático e secular acerca da realidade social, que pudesse ser empiricamente validado.
Mas nasceram fundamentalmente sob a égide do Estado, cioso de conhecer e de controlar mais profundamente os seus cidadãos, de vencer de alguma maneira a opacidade social. O objectivo último é o de obter níveis crescentes de controlo político, normalizando e disciplinando corpos, pensamentos e reacções.
Conflito
28 abril 2010
Postagens na forja
Magermane desfilam
Carlos Cardoso
Ciências sociais e verdade (5)
Na maior parte da vida da humanidade, os fenómenos sociais e naturais eram vistos como movidos por causas sobre-humanas, deuses ou espíritos. A pergunta fundamental aqui era: “quem fez mover isto ou quem provocou isto?”
A ciência clássica inverte esse estado de coisas. A pergunta fundamental aqui passa a ser a seguinte: “o que faz mover isto ou o que provocou isto?”
Este é um percurso longo, inacabado, mas que está umbilicalmente ligado à formação de um saber sistemático e secular, divorciado da tutela religiosa ou mágica.
27 abril 2010
Postagens na forja
* Genéricos: Saiba da Zambézia e de Nampula através do "Diário da Zambézia" e do 'Wamphula Fax" (previsão, dada uma avaria na fibra óptica que afecta as zonas centro/norte do país); sobre o cientista guinense Carlos Cardoso do CODESRIA; questionários encerrados
Não sei
A preocupação de Amós
Ciências sociais e verdade (4)
Ora, o saber científico clássico constitui-se, lentamente, em ruptura contra esses dois tipos de saberes. Ele tornou-se, século após século, perfeitamente fagocitante a esse propósito.
26 abril 2010
Assassinado director das Alfândegas
Postagens na forja
Lupa do social
Ciências sociais e verdade (3)
O saber simbólico tem um princípio causal simples. Os fenómenos são movidos não por causas sociais ou naturais, mas por causas sobre-humanas. A pergunta do saber simbólico não é “O que provocou este fenómeno?”, mas, antes, “Quem provocou este fenómeno?”
Esse saber ora é analógico (atribuição de poderes sobre a natureza e sobre as relações sociais a seres superiores aos humanos), ora mágico (possibilidade de exercer um poder directo, benéfico ou maléfico, sobre a natureza e as relações sociais).
Sem DZ/WF
Ciências sociais e verdade (2)
Mais um pouco desta nova série.
Vou-me permitir escrever algo sobre dois pontos:
1. A origem das ciências
2. A ambição de rigor e a mimese nas ciências sociais
25 abril 2010
Postagens na forja
25 de Abril de 1974
Com essa canção, entoada pelo falecido José Afonso (popularmente conhecido por Zeca Afonso, que foi professor de português no ex-Liceu Pero de Anaia, hoje Escola Secundária Samora Machel, na Beira), foi dado o sinal para o fim do fascismo em Portugal, num movimento político importante que iria ter reflexos na independência de Moçambique a 25 de Junho de 1975.