Outros elos pessoais

29 abril 2010

"Samora Machel: atentado ou acidente?"

Contra a versão de um acidente intencionalmente provocado pelos serviços secretos sul-africanos, um livro do jornalista e historiador português José Milhazes - que deve ter sido hoje lançado em Lisboa -, com o título em epígrafe, atribui ao desleixo da tripulação a queda em 1986 do avião no qual pereceu o presidente Samora Machel (na imagem). Confira aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

13 comentários:

  1. A primeira coisa a fazer e comprar o livro. Depois e comparar com o que ja sabemos...

    Contudo, parece-me, Joao Cabrita ja ha muito tem esmiucado sobre isto.

    A ser verdade a tese de Milhazes, estara em linha com o que ja nos habituamos do apparatchik local. Quem nao se lembra do que se passou com a historia da morte de Mondlane?

    Ja se dizia, cesteiro que faz um cesto. Faz cem...

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  2. E bom que venham ao publico as varias versoes sobre a morte do PR Samora.

    o autor do livro, defende a tese de desleixo é uma especulacao a considerar.

    Contudo nao podemos esquecer que Mocambique vivia numa confrotacao aberta com o entao regime racista da RSA e que a meu entender tinha todo o interrese em assassinar Samora.BASTA recordar a tentativa de assassinato no Bilene entre outras.

    A demais ,Semanas antes da morte de Samora houve da parte de Magnus Malan entao Ministro da defesa ameaças serias a pessoa de PR Samora.


    Existem muitos outros factos relevantes para se acusar a africa do sul, alias esta foi e é a Tese da FRELIMO defendida inclusive em livros pelo coronel Sérgio Vieira e o General Veloso pessoas por sinal conhecedoras do processo de investigacao.embora o gerenal veloso tenha ido ainda mas longe ao equacional o coluio ENTRE o regime racista e Ex URSS.

    Nao nos esquecamos que segundo Veloso no seu livro o VOO rasante Samora mandou a MERDA isso mesmo a Merda ao entao embaixador da ex URSS em Mocambique quando este tentou pedir explicacoes ao PR samora sobre a visita deste a uma base militar no EUA.

    Tudo isto somado aos conflitos internos , e com o BANDA do Malawi deixam naturalmente muitas duvidas sobre a morte de Samora.

    Contudo vou comprar o livro pra comprender melhor a tese defendida pelo autor e voltarei a carga.

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  3. "...Contudo nao podemos esquecer que Mocambique vivia numa confrotacao aberta com o entao regime racista da RSA e que a meu entender tinha todo o interrese em assassinar Samora.BASTA recordar a tentativa de assassinato no Bilene entre outras..."

    Muito bem...entao diga-me la qual e era a "verdadeira" relacao entre Vieira e Magnus Malan?

    E porque o staff da SOCIMO entrava na RSA com vistos de cortesia da representacao comercial sul-africana?

    Seria capaz?

    A procissao ainda vai no adro. Mas nao deixa de ser notavel o momento do lancamento desta obra. A visita de Guebuza a Portugal. Lembremo-nos que foi, Guebuza, na altura ministro dos transportes (suponho eu) quem chefiou a comissao de investigacao pelo lado mocambicano...

    Como diria Samora, nada e por acaso...

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  4. Carissimo Prof.:

    "Alguns jornais portugueses e sul-africanos quiseram fazer crer que o acidente fora provocado pelo mau tempo ou pela inoperancia dos pilotos,nao deixando margem para quaisquer outras hipotese alternativas.
    Poucos dias depois os jornais desmentiam o boato posto a circular sobre a inexperiencia da tripulacao sovietica, assim como sobre o suposto mau tempo."

    In, Aquino de Braganca-Batalhas ganhas, sonhos a continuar; Braganca, Silvia; Ndjira; 2009; pp34

    "Regressava a Maputo no seu aviao particular,um bimotor »Tupolev» de fabrico sovietico, quando foi surpreendido por uma violenta tempestade,...-Diario de Lisboa, 20.10.86, p. 8 e 10" citado por Silvia de Braganca, pp69

    Com estas referencia, apesar de ainda nao ter tido acesso ao livro do Jose Milhazes, gostaria de dizer que ja nao compreendo o que se passa em torno daquele fatidico dia. O Estado mocambicano, mais do que nunca, em respeito aos perecidos,familiares e aos mocambicanos, deve se pronunciar (mexer-se) seriamente sobre o acidente, pois, com o devido respeito, tudo o que se diz em torno do mesmo, nao passa de mera especulacao.

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  5. Ha uma coisa k nós mocambicanos temos k logo perceber! Qanto tempo passa da morte do pr S.M.Machel? Qando vao qerer divulgar os casos na integra terao chance por enqanto vamos desenvolvendo a imprensa ja k nao ha nada por comentar. E a morte do E. Mondlane nao qerem dinheiro na imprensa? Vejam se tambem tocam pk ele tambem foi assassinado!

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  6. Esta nova tese é muito conveniente, mesmo.

    Sobre a oportunidade, passo.

    Quando à verdade verdadinha, ou à sua aproximação, podem esperar sentados, até aos vossos netos.

    Contudo, penso que foi a PIDE/DGS.

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  7. Ricardo,


    N cabe a mim responder essas questoes afinal tb sou parte interresada na busca da verdaderira.

    Contudo é importante lembrar ao m caro compatriota que parte dos funcionarios da SOCIMO eram agentes do Snasp e naturalmente que aquelas viajem a RSA n eram exclusivamente de negocios. M essa é outra historia.


    Quanto a morte do PR samora o misterio continua quem teria interresse em o liquda-lo.


    O apartheid? A renamo? a cia ? A KGb, o regime de Banda ou a oposicao interna dentro da Frelimo?


    Serao necessarios m 35 anos para se chegar a uma conclusao, m a teoria do cabrita e do Milhazes n sao de tudo convencentes, ora vejamos segundo o Fernadinho ajudante de campo de Samora o aviao foi visitado em Mbala por agentes desconhecidos supostamente vindos do leste ETC etc.

    A muito que se diga sobre a morte de SAMORA.

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  8. Pois e, eram do SNASP. Mas entravam na RSA com vistos de cortesia e quando o necessitassem fazer... Ou seja, com conhecimento pleno da BOSS/NIS que sabia perfeitamente quem eles eram.

    Ate parecia uma reproducao do que se passava no Muro de Berlim. Por isso, essa "Guerra Aberta" de Samora, nunca o foi de certeza ao nivel dos gabinetes securitarios de Pretoria e de Maputo. Porque ai, como se diz em bom Ingles " a friend in need, is a friend indeed"

    Nem que fossem para serem tutores dos nossos filhos, enquanto o ze-povinho se matava a catanada...

    Porque afinal, o poeta nasce. O orador faz-se.

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  9. Ricardo,

    Estamos a fugir ao debate, para seu conhecimento n é secredo nos méandros da deplomacia que existem agentes dos servicos de intelegencia em qualquer embaixada ou representacao de um determinado pais, basta lembrar o caso dos agentes da Cia desmantelados em Moc com POMPA e circistancia pelo nosso governo nos anos 80. mais como digo essa é outra historia.

    o debate é QUEM MATOU SAMORA?????

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  10. Caro Mausse

    "Existem muitos outros factos relevantes para se acusar a africa do sul, alias esta foi e é a Tese da FRELIMO defendida inclusive em livros pelo coronel Sérgio Vieira e o General Veloso pessoas por sinal conhecedoras do processo de investigacao"

    1.Será que basta que a posicão seja oficialmente defendida pela Frelimo para ser convincente? Quanta verdade falta a Frelimo?

    2. Mausse tem certeza que estes senhores revelam verdades quanto à morte Samora Machel?

    3. Leia a reflexão de Adelino Buque, aqui, por sinal um membro da Frelimo, sobre as contradicões de Sérgio Vieira.

    "O apartheid? A renamo? a cia ? A KGb, o regime de Banda ou a oposicao interna dentro da Frelimo?"

    Bom, na minha pobre análise, se fosse a Renamo a matar Samora teria anunciado logo para exibir a sua capacidade. Entre o governo da Frelimo e a Renamo havia uma guerra aberta. Acho que era mais crime para ambas partes em matar um componês que líder de uma das partes. Portanto, eu prefiro excluir totalmente a Renamo da morte de Samora Machel.
    Entretanto, quando o Mausse fala de oposicão interna dentro da Frelimo, questiono:
    1. Então os conhecedores da investigacão falam dessa oposicão nos seus livros?
    2. O quê se deve considerar de oposicão interna? Ela opunha-se ou opõe-se a quê e quem. Terá ganho ou perdido essa oposicão com a morte de Samora Machel? Como podemos argumentar sobre oposicão interna na Frelimo?

    Nota: Mausse, eu gostaria que me entendesse que apenas estou a dar os meus pontos de reflexão para um caso complexo.

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  11. Nao estamos a fugir nao. Nenhum atentado contra um Chefe de Estado pode ser feito com conhecimento pleno da sua inteligencia. E isso estava muito claro para todos, incluindo o saudoso Carlos Cardoso que o antecipou 15 dias antes. A menos que esta nao esteja interessada em proteger esse mesmo Chefe de Estado.

    Portanto, o nivel de proximidade entre ambos servicos, na "umbrella" do Nkomati Agreement de 1984 (SNASP vs BOSS/NIS) - publicamente contendores - pode muito bem indiciar "negligencia" nao so dos pilotos, mas a todos os niveis do governo Mocambicano.

    E desculpe, uma coisa sao adidos da Seguranca nas Embaixadas (normalmente os primeiros-secretarios politicos), outra coisa sao funcionarios de uma empresa serem regularmente recebidos como tal em territorio "inimigo" e com pleno conhecimento deste.

    Ate parecia os "STASI" dos caminhos de ferro da RDA que regularmente faziam as ligacoes entre Berlim Oeste e Leste. So que ai, havia um gentleman agreement entre as quatro potencias (EUA, Gra-Bretanha, Franca e Uniao Sovietica), com a resignacao da RDA e RFA, como nacao dividida e vencida.

    Logo, teria de haver algo semelhante entre Mocambique e a RSA no auge da guerra. Justamente no momento em que Samora morreu.

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  12. Compatriota Ricardo,

    Compreendo as suas posicoes contudo agradeco que veja o video do lancamento do livro do Sr Milhazes disponivel no Mocambique para todos, facilmente contruira que a tese do autor n é de tudo conclusiva pois apenas analisou a tese de desleixo.

    Dessa entrevistas sao colocadas algumas questoes como, a tese da conspiracao interna e a possibilidade dum arranjo com a Ex URSS.Seria bom ouvir com atencao o ex comadante da LAM em mocambique

    Voltarei a carga.

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  13. Está para nascr a geração que saberá da morte de Samora.

    A morte de Pina Manique, Kennedy, Sá Carneiro, Mondlane, Mabote, Gen. Lobato em Timor, etc., são SEGREDOS do Estado.

    Tudo o que se disser sobre estes casos mediáticos, enquanto os culpados ou inculpados estiverem de pedra e cal e cada vez mais a encarrapitarem-se pelo poder, será mera especulação e até mesmo culpados inocentes.

    Zicomo

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