Outros elos pessoais

30 novembro 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Mbuyi Kabunda Badi sobre África (8)
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (4); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (16); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

WikiLeaks/Estados Unidos/Moçambique

O portal WikiLeaks começou a divulgar  no dia 28 documentos confidenciais que afirma serem produto de comunicação entre 274 embaixadas americanas no mundo e o Departamento de Estado em Washington. Segundo o portal, esses documentos dão uma ideia da vastidão do estudo que os norte-americanos fazem (mesmo ao nível dos seus aliados) e dos interesses estratégicos que os movem. Sobre Moçambique, o portal refere a existência de 996 documentos, mas creio que ainda não estão disponíveis, pelo menos não os consigo abrir (para abrir e ler parece ser necessário usar um programa chamado Tableau Public 6.0). Para traduzir, aqui.
Nota: nem sempre as secções do portal abremEnquanto isso, sugiro a leitura de cinco portais da imprensa mundial aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. Finalmente, interrogo-me sobre como é possível deixar escapar o tipo e a enorme quantidade de documentos referidos, na suposição de que sejam verídicos.
Adenda às 11:28: conferir aqui.

Desempenho governamental

O jornal "Expresso" prossegue a análise do desempenho governamental, aqui.

Prismas

Sobre o Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado, o "Notícias" de hoje reporta que "o grupo da Frelimo na Assembleia da República defende a aprovação dos dois instrumentos alegando a sua pertinência e oportunidade, para além de irem de encontro ao previsto no Programa Quinquenal do Governo". Enquanto isso, "Para a oposição, o PES não contempla políticas e estratégias de um combate cerrado e consequente contra a pobreza e o Orçamento do Estado é de cariz despesista, pois contempla e favorece grandes volumes do orçamento a sectores como o SISE, Presidência da República, Casa Militar, Ministério do Interior e Gabinete do ex-Presidente da República, que nada têm a ver com investimentos que conduzam ao combate e redução da pobreza no país." Aqui.

Prossegue roubo do desenvolvimento

O roubo do desenvolvimento tomou um novo rumo: em Zavala, província de Inhambane, foram recuperados cinco mil litros de combustível subtraído das antenas da Mcel, provedora de telefonia móvel. O combustível era vendido ao longo da estrada nacional número um. Portal da Rádio Moçambique aqui.
Nota: recorde várias postagens sobre o roubo do desenvolvimento visando outro tipo de desenvolvimento, aqui.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (7)

Mais um pouco da entrevista.
Carlos Serra: Quais são os principais problemas do continente?
Mbuyi Kabunda Badi: (continuidade da resposta) Hoje os principais problemas de África podem definir-se em torno da corrupção, da má governação, da SIDA, do mimetismo do modelo de desenvolvimento com a subsequente exclusão da participação popular na concepção e na execução de projectos e de programas de desenvolvimento, da fuga de capitais e de cérebros, da extrema debilidade estrutural e da dependência, que a expõem a padecer duramente as consequências da crise, cujas origens são externas. É o continente de todas as dominações ou dependências; política, económica, comercial, financeira, militar e humanitária. África continua a sofrer fundamentalmente de um défice de capital físico, de um défice de capital humano e de défice de um marco institucional estável (resposta à pergunta ainda não terminada).
(continua)
Adenda às 17:09: O entrevistado deixou hoje Maputo.

29 novembro 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Mbuyi Kabunda Badi sobre África (7)
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (4); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (16); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Chove muito em Maputo

Desde ontem à noite que chove muito em Maputo, estradas num caos, a água não escoa ou escoa com dificuldade, bairros periféricos alagados, gente em dificuldade.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (6)

Avanço na entrevista.
Carlos Serra:  Quais são os principais problemas do continente?
Mbuyi Kabunda Badi: Tudo é tão prioritário em África que não se sabe com exactidão onde começar. No passado, tentaram resolver os problemas africanos os exploradores, os missionários, os militares, os diplomatas e os humanitários e África ficou mais doente do que estava antes dessa intervenção, devido ao mau diagnóstico e à terapêutica errada que se fez do "mal africano", que se quis curar mediante o Estado-Nação, a industrialização e a educação, seguindo o modelo ocidental, quer dizer a ocidentalização. África saiu mais enferma dessas intervenções. A outra explicação é que África recebeu tanto, em pouco tempo e de má maneira, que o seu organismo não pôde digerir tudo (resposta à pergunta prossegue no próximo número).
(continua

28 novembro 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Mbuyi Kabunda Badi sobre África (6)
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (4); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (16); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Cartun de Neivaldo Nhatugueja

O blogue de cartuns do Leilo Albano (recorde uma postagem minha de 2009, aqui) foi reactivado com trabalhos de outros cartunistas, tal como o que figura em epígrafe, da autoria de Neivaldo Nhatugueja. Aqui. O autor é Moçambicano, tem 38 anos e é formado em Arquitetura e Planeamento Físico.
Adenda às 15:27: de 02/12/2010 o Leilo enviou-me um email dizendo que o cartun é dele e não do Neivaldo. As minhas desculpas pelo lapso.

O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15)

Mais um pouco da série.
Escrevi no número anterior que dois acontecimentos coexistentes ocorreram no período de transição: 1. Ocupação militar, em percurso que iria durar até cerca de 1917; 2. Primórdios da economia de plantação.
A ocupação militar sistemática começou em 1886 e terminou cerca de 1917. Nela, dois fenómenos foram para mim fundamentais: (1) A resistência foi tão mais demorada quanto mais se caminhava para Norte, tendo sido mais fácil aos invasores vencerem Estados ou Impérios do que formações sociais sem estrutura de comando central; (2) A ocupação esteve especialmente a cargo de cipaios.
Desenvolverei esses dois temas proximamente.
(continua)

Os três dias

Sextas, sábados (especialmente) e domingos: dias dos rituais casamenteiros no Jardim dos Namorados da cidade de Maputo regra geral com início entre as 9 e as 10 horas, a Avenida Friedrich Engels literalmente ocupada com centenas de viaturas e de peões, coros e dança ininterruptos.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (5)

Continuidade da série:
Carlos Serra: Como define politicamente o continente africano hoje?
Mbuyi Kabunda Badi: (término da resposta) Os países africanos seguem sem definir um modelo de desenvolvimento e um projecto de sociedade próprios e fiáveis, pois aderiram de maneira quase religiosa às políticas macroeconómicas e às receitas neoliberais, muitas vezes assassinas, definidas e impostas do exterior. Sacrificaram as suas soberanias políticas e económicas, submetendo-se às condições políticas externas e à economia de mercado, em troca de nada. O marco institucional segue instável vinte anos depois do início do processo de democratização e em algumas partes há violações em grande escala dos direitos humanos, como na região dos Grandes Lagos. Desde que se iniciou esse processo, registaram-se mais de vinte golpes de Estado contra mandatários democraticamente eleitos, os últimos dos quais em Madagáscar, Mauritânia, Guiné-Conacri e Níger.
(continua)

27 novembro 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Mbuyi Kabunda Badi sobre África (5)
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (4); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Roupa a mais

Apesar do calor intenso que se faz sentir em Maputo, os homens e as mulheres vestem muita e pesada roupa para irem aos casamentos. Entre os homens há quem não se contente com o casaco e use também colete.

África enquanto produção cognitiva (3)

Mais um pouco da série.
Não sei exactamente onde situar o período a partir do qual África começa a ser analisada, de forma sistemática, em termos de qualificativos inferiorizantes, de anti-história.
Tenho por hipótese que a produção ideológica de África enquanto repositório de suposto atraso histórico começou e reproduziu-se quando (1) os seus povos se tornaram também uma matéria-prima, designadamente com a escravatura; e (2) quando a colonização se constituiu como prática política regular. Talvez se possa ter os séculos XVI/XVII como pontos de referência, sendo os séculos XVIII e XIX aqueles nos quais a racialização se estruturou no quadro colonial.
Prossigo mais tarde.
(continua)

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (4)

Continuidade da série:
Carlos Serra: Como define politicamente o continente africano hoje?
Mbuyi Kabunda Badi: (continuidade da resposta) Por outro lado, surgiram nas últimas décadas as guerras civis - na África Ocidental, na região dos Grandes Lagos e no Corno de África -, diferentes das da guerra fria, guerras sem princípio, sem ideologia, sem coerência, e cujo único objectivo é o controlo dos recursos naturais ou dos territórios ricos em matérias-primas para confiscar o poder ou a ele aceder. Enfim, o Estado africano segue en ruptura com a sua sociedade, por manter as estruturas e os mecanismos herdados da colonização, e a política converteu-se num instrumento de enriquecimento pessoal ilícito a um ritmo uniformemente acelerado, em lugar de um ofício nobre para servir os povos ou pôr-se ao serviço dos interesses nacionais. Por isso, África está enferma do Ocidente, que segue impondo tudo neste continente, e dos seus dirigentes que não fizeram nada ou que fizeram muito pouco, para melhorar as condições de vida dos seus concidadãos. (resposta à pergunta ainda não terminada)
(continua)

26 novembro 2010

Areia a ser retirada na praia das Palmeiras?

Alguém me escreveu via email dizendo, em jeito de veemente alerta, que hoje, até às 14:55, 42 camiões (matrículas registadas) do Conselho Municipal saíram carregados de areia do desaguadouro da Praia das Palmeiras, na cidade da Beira (situada abaixo do nível do mar). Isto dura há já muito tempo, calculando-se ronde os 200 mil metros cúbicos a perda anual de areia devido à erosão.
Observação: já em 2007 postei sobre o tema, recorde aqui. Entretanto, procuro, a vários níveis, obter esclarecimentos. Vamos a ver se tenho êxito nos contactos que comecei a fazer.
Adenda às 16:27 de 01/12/2010: aguardo que o Conselho Municipal da Beira possa apresentar um esclarecimento.
Adenda 2 às 09:42 de 02/12/2010: via email, recebi do Conselho Municipal da Beira um esclarecimento que pode ser lido aqui.
Adenda 3 às 7:05 de 08/12/2010: via email, recebi de Ana Alonso um texto intitulado "Carta Aberta a Daviz Simango", aqui.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Mbuyi Kabunda Badi sobre África (4)
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (3); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Para onde foram os vendedores?

Sumiram na cidade de Maputo populares centros de venda de artesanato como, por exemplo, junto ao restaurante Piripiri e ao Hotel Cardoso. Disseram-me que os vendedores deverão doravante exercer as suas actividades junto ao Parque dos Continuadores.
Pergunta: alguém pode melhorar e, se necessário, rectificar, o que acabo de escrever?

Hoje: francesa defende tese sobre Moçambique

Hoje, nos arrebaldes de Paris, Jeanne Vivet presta provas doutorais  em Geografia com um trabalho intitulado "Mudanças forçadas e cidadanias - os deslocados de guerra em Maputo (Moçambique). Parabéns antecipados.

Desempenho governamental

O jornal "Expresso" prossegue a análise do desempenho governamental aqui.

Panaceia

A chamada crise financeira internacional (efectivamente crise do modo capitalista de produção e reprodução) é uma panaceia útil para os governos que, em crise de legitimidade, a ela sistematicamente recorrem para justificar erros estatais e fracturas sociais.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (3)

Continuidade da série:
Carlos Serra: Como define politicamente o continente africano hoje?
Mbuyi Kabunda Badi: (continuidade da resposta) Contudo, apesar desses avanços, há que reconhecer que se está ainda longe de uma verdadeira cultura democrática tanto por parte dos governos estabelecidos, como por parte dos partidos da oposição, pois existem em muitas partes a predadocracia, a manipulação das eleições, as "democraturas" (democracias formais e ditaduras encobertas) nas mãos dos partidos dominantes, em alguns casos instauraram-se "monarquias republicanas", com o poder a passar de pai para filho. (resposta à pergunta ainda não terminada)
(continua)

Dois terços em aglomerados informais ou irrregulares

Na África subsariana, dois terços da população urbana de 304 milhões de pessoas vivem em aglomerados informais ou irregulares. Aqui.

25 novembro 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (3); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Predadocracia, democraturas e monarquias republicanas

Termos usados pelo Prof. Mbuyi Kabunda Badi na continuidade de uma entrevista que me concedeu, a série prossegue daqui a pouco.

Até 2050: 60% dos Africanos viverão em cidades

Segundo a UN-Habitat em relatório datado deste mês, o ano passado África atingiu um bilião de habitantes, dos quais 395 milhões viviam em cidades. Até 2050, seremos dois biliões, dos quais 60% viverão em cidades, problemas muito complexos a ter em conta. Relatório integral aqui. Tradutor aqui.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (2)

Continuidade da série:
Carlos Serra: Como define politicamente o continente africano hoje?
Mbuyi Kabunda Badi: África deu um importante passo qualitativo com o processo de democratização iniciado no final da década de 80, começo da década de 90, processo que implicou uma ruptura com os regimes ditatoriais anteriores. Realizaram-se eleições multipartidárias em quase todos os países africanos, nos quais desapareceram as presidências vitalícias da época dos partidos únicos. Hoje há um pouco mais de transparência na gestão pública do que nas décadas passadas e com uma sociedade civil cada vez mais forte, não há marcha-atrás. (resposta à pergunta ainda não terminada)
(continua)

MF

"Mediafax" aqui. Recorde a minha série com 32 números (também publicada com nove no semanário "Savana") com o título Causas e características das manifestações em Maputo e Matola, aqui.

Moçambique:crescimento não beneficia pobres

Com um vídeo, aqui. Para traduzir, aqui. Obrigado ao AT pelo envio da referência.

Mbuyi Kabunda Badi sobre África (1)

O Prof. Mbuyi Kabunda Badi está em Maputo, aqui veio a convite do Centro de Estudos Africanos para intervir num seminário internacional, terminado quinta-feira passada, subordinado ao tema "Desenvolvimento e Diversidade Cultural em Moçambique". Entrevistei-o colocando-lhe três perguntas, a saber:
1. Como define politicamente o continente africano?
2. Quais são os principais problemas do continente?
3. Quais são as principais soluções para esses problemas?
Aguarde as respostas.
(continua)

24 novembro 2010

Fascinante

Simplesmente fascinante a ênfase que cada vez mais se dá no país aos negócios.

O avô

Observei longamente: creio que era o avô, andava com dificuldade, o seu rosto tinha pegadas de dor, inicialmente hesitei entre senti-lo muito idoso ou triste por ser idoso; com ele, mas sempre sem ele seguindo seu destino enorme de vida que não cabia em seu pequeno corpo, estava creio que uma neta. Então, temos um avô preocupado com uma neta que era o futuro sem pausa e uma neta sabendo - algo aborrecida -  que o avô merecia a atenção formalmente condescendente que é suposto os idosos merecerem. No fim, decidi pensar o seguinte: o problema do avô não era que a neta fosse irrequieta, o problema do avô era ter perdido a possibilidade de ser irrequieto e de possuir o futuro vivo na mão.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Diversos
* Séries pessoais: África enquanto produção cognitiva (3); Política enquanto produção de ideologia (6); Linchar à luz do dia: como analisar? (5) Somos natureza (8); Indicadores suspeitos e comoção popular (11); Vassalagem (4); Cientistas sociais são "sacerdotes"? (8); É nas cidades do país (9); Ciências sociais e verdade (11); Já nos descolonizámos? (13); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (15); Moçambique dentro de 30 anos (série) (6) (recordar aqui e aqui)

Blogueiros progressistas entrevistam Lula

Neste momento (9 horas em  Brasília, 13 aqui), Lula da Silva deve estar a ser entrevistado por blogueiros progressistas. Todos podem participar, enviando perguntas pelo twitter. Aqui e aqui. Obrigado à Yla pelo envio da referência.
Observação: evento importante num país com uma enorme rede de blogues e de redes sociais.

Desempenho governamental

O "Expresso" prossegue a análise do desempenho governamental, aqui.

As sedes do futuro (5)

O fim desta curta série.
As sedes da Beira são um problema completamente político e este problema existe porque as sedes eram geridas por pessoas que pertencem a um partido político rival. Apenas a este nível - um Estado que se autopõe em causa - se compreende a decisão de privar um conselho municipal de meios físicos fundamentais para o trabalho administrativo.
Uma decisão como essa é susceptível de criar muita hostilidade.
Vamos a ver como serão geridas as sedes do futuro e como serão trilhados os caminhos da legitimidade política.
(fim)

23 novembro 2010

Cartões SIM: posição do CIP

Sobre o registo de cartões SIM: diploma ministerial é incoerente, ilegal e anti-constitucional - uma posição do Observatório de Direito n.° 1 - novo serviço do Centro de Integridade Pública.