Outros elos pessoais

31 maio 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas de postagens que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Notícias da Zambézia e de Nampula via "Diário da Zambézia" e "Wamphula Fax"
* Séries: Cientistas sociais são sacerdotes? (4); Os desmaios femininos na Quisse Mavota (13); É nas cidades do país (
8); Os vasos capilares do poder político (12); Ciências sociais e verdade (8); Santos de casa não fazem milagres? (10); Já nos descolonizámos? (9); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (8); Moçambique dentro de 30 anos (série) (5) (recordar aqui e aqui)

Convite


Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Principais

Principais títulos dos jornais “O País”, “Público” e “Escorpião”, aqui.

Incêndio na Beira


Um incêndio de grandes proporções deflagrou esta madrugada num estabelecimento comercial da cidade da Beira, destruindo por completo o recheio e afectando lojas e residências num raio de 50 metros. As opiniões divergem sobre as causas: curto-circuito, fogo posto e engenho explosivo. A polícia averigua. Dados e imagem gentilmente enviados pelo jornalista Arune Valy da Rádio Moçambique.

Nooij, o messias


Com polícia a guarnecer e uma claque de jovens felizes, o treinador holandês Nooij chegou a Maputo. Um tema com várias arestas. Capa do jornal "O País" de hoje. Siga a minha série com o título Santos de casa não fazem milagres?, aqui.

Escaparam ao linchamento em Matola e Quelimane

Acusados de roubo, dois indivíduos escaparam ao linchamento, um na madrugada de quinta-feira na cidade da Matola, outro na madrugada de domingo na cidade de Quelimane. O primeiro escapou graças à intervenção de uma anciã, o segundo graças à intervenção da polícia. Fontes: "Notícias" de hoje e "Diário da Zambézia" via telefone.

Secreto

O "Notícias" de hoje exibe um trabalho sobre a cerimónia "mhamba" realizada com "carácter secreto", sábado, na Escola Secundária Quisse Mavota. Ficamos a saber, entre várias coisas, que, numa festa na qual estiveram presentes centenas de pessoas (mas na qual esteve ausente a Associação dos Médicos Tradicionais de Moçambique), foram sacrificados dois bois e dois cabritos bem como consumidas "bebidas alcoólicas e refrigerantes, tudo adquirido pelas autoridades do governo da cidade de Maputo, em resposta ao pedido da comunidade do Zimpeto." É agora esperado que não mais haja desmaios da escola.
Adenda: sugiro continuem a seguir a minha série com o título "Os desmaios femininos na Quisse Mavota", aqui; no lado direito deste diário está um questionário sobre o tema, aqui.

Compra o meu caju?


Foto minha ontem tirada, algures na cidade de Maputo. O vendedor de caju é uma personagem regular e típica em avenidas como a 24 de Julho e a Julius Nyerere. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Sobre centros de estudos em África

Pergunta: "Por que motivo não se multiplicam, no continente africano e da mesma forma, centros de estudos europeus, centros de estudos americanos ou centros de estudos asiáticos? Afinal são os que mais investem no continente. Parece-me que não seria muito difícil encontrar financiamento." A conferir no Ciências Sociais em português, aqui.

30 maio 2010

Postagens na forja

Eis alguns dos temas de postagens que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Novo questionário; Sobre centros de estudo em África; Notícias da Zambézia e de Nampula via "Diário da Zambézia" e "Wamphula Fax"
* Séries: Cientistas sociais são sacerdotes? (4); Os desmaios femininos na Quisse Mavota (13); É nas cidades do país (
8); Os vasos capilares do poder político (12); Ciências sociais e verdade (8); Santos de casa não fazem milagres? (10); Já nos descolonizámos? (9); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (8); Moçambique dentro de 30 anos (série) (5) (recordar aqui e aqui)

Cientistas sociais são sacerdotes? (3)

Escrevi no número anterrior que a função dos cientistas sociais consiste em pensar o social e em produzir conhecimento organizado segundo regras academicamente estabelecidas.
Os cientistas sociais são produto da organização universitária especialmente desenvolvida a partir do século XIX.
O ideal é o alcance de verdades de alguma maneira empiricamente validáveis e radicalmente distintas do saber revelado do tipo religioso, da dedução racional do tipo filosófico e das diversas formas de saber simbólico.
Pouco a pouco, os cientistas constituíram-se em grupos separados por fronteiras disciplinares, mas todos comungando na profissão de um saber afastado do saber comum das comunidades e operando em estabelecimentos especiais.
(continua)

Os desmaios femininos na Quisse Mavota (12)

Mais um pouco da série.
Esta postagem é, quase só, uma consequência da anterior.
Tenho para mim que os protocolos de conhecimento e procedimento não científicos devem ser respeitados. Não são, em si, formas erradas de pensar e actuar, de interrogar, de diagnosticar e de prescrever: são, apenas, formas diferentes, formas tão racionais quanto as que entendemos serem as nossas. Tenho ainda para mim não ser saudável imputar a um grupo restrito de pessoas uma espécie de responsabilidade conspiratória pela existência das crenças e, no caso vertente, da crença no poder volitivo dos espíritos. As crenças existem, queiramos ou não, fiquemos ou não aborrecidos, amemos ou não Descartes, acreditemos ou não nos espíritos, sejamos ou não cientistas. O pensamento simbólico analógico é uma realidade.
Porém, o debate deve incluir outros ângulos de reflexão, o problema deve ser tornado mais complexo, o que começarei a fazer a partir do próximo número, com o tema "A não confusão entre protocolos de conhecimento e procedimento pré-científicos e científicos".
(continua)
Se quiser ampliar a imagem (montagem de Sérgio Tique), clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Peço a vossa indulgência para um ou outro erro de ortografia no texto da minha responsabilidade ("Pergunda" em lugar de "Pergunta", "psicosomática" em lugar de "psicossomática").
Adenda às 8:54: o semanário "Domingo" dedica hoje à "Quisse Mavota" um longo editorial e as páginas 8 e 9. A coisa está verdadeiramente acalorada.

Os vasos capilares do poder político (11)

Mais um pouco da série, prosseguindo com a pequena nota histórica.
A independência nacional trouxe uma modificação considerável no xadrez político: os regulados foram colocados na penumbra por novas instâncias políticas, designadamente grupos dinamizadores e chefias de bairro e de quarteirão. A situação manteve-se até aos anos 90, atravessando uma guerra civil na qual a Renamo fez questão de fazer dos régulos um dos seus pilares de luta. Um dado interessante é o facto de nas instâncias citadas terem penetrado, aqui e acolá, parentes de régulos, criando uma malha de concorrência política pouco estudada.
(continua)

29 maio 2010

Negócios em Moçambique


Continue a conferir o mundo dos negócios em Moçambique - tema regularmente reportado neste diário -, aqui.Free Translation

Novo costume

Nasceu um novo costume no ritual dos casamentos do Jardim do Namorados ao fim-de-semana na cidade de Maputo: cada cônjugue tem de esforçar-se em levantar o outro, posando para os fotógrafos. Ainda não consegui saber o significado. O problema é quando um dos cônjugues é avantajado. Aguardo uma ocasião para fotografar esse complicado acto.
Adenda às 16:03 de 01/06/2010: não creio que seja um costume as noivas tentarem levantar os noivos. Espero poder um dia fotografar o acto.

Quelimane: vendedores reergueram as bancas

A Força de Intervenção Rápida interveio, balas reais e gás lacrimogéneo foram usados na quinta-feira para dispersar vendedores de rua em três mercados de Quelimane que protestavam contra a destruição da suas bancas. Entretanto, fonte do "Diário da Zambézia" acabou de me informar que os vendedores reergueram as bancas: "A polícia não fez nada, passei pelo mercado e nem sequer há lá polícia. O ambiente voltou ao normal e os clientes estão escolhendo roupa".
Adenda: recorde Maputo na luta entre os que chamei guerrilheiros do informal e a polícia, neste diário, aqui.

Produção incessante de universidades

A produção incessante, fordista, de universidades, prossegue no país. Assim, segundo a Rádio Moçambique (RM), vai surgir na Beira em Agosto a Universidade Adventista de Moçambique. Ainda se constroem instalações, mas alunos já estão a ser inscritos. E acrescenta a RM que não haverá exames de admissão: "Sem exames de admissão e apenas com entrevista aos concorrentes que tenham concluído o ensino secundário, o funcionamento da UAM foi já autorizada pelo Governo, devendo leccionar cursos de licenciatura com duração de quatro anos ao nível de Educação, Teologia e Estudos Religiosos, Economia, Agricultura, Inglês e Português."
Adenda às 8:39: em Abril, o ministro da Educação, Zeferino Martins, anunciou a suspensão do licenciamento de instituições do ensino superior no país. Por falta de um regulamento, têm sido criadas instituições sem o mínimo de qualidade - afirmou Martins de forma severa. O país conta com 38 instituições do ensino superior, sendo 17 públicas e 21 privadas.

Da "mhamba" à lotação das salas de aulas

Enquanto hoje há uma cerimónia chamada mhamba para apaziguar supostos espíritos irados na Escola Secundária Quisse Mavota, surgiu uma nova análise que procura as causas dos desmaios no social e não fora dele: "(...) uma outra pesquisa efectuada pela Técnica Engenheiros e Consultores, no âmbito da sua responsabilidade social, concluiu que uma das razões dos desmaios é a lotação das salas de aulas associada ao fraco nível de arejamento destas, e como consequência a qualidade do ar e o ambiente térmico estão comprometidos." O estudo aponta ainda a necessidade de se fazerem testes à qualidade da água. A conferir aqui.
Adenda: entretanto, recorde o seminário que o CEA vai realizar próxima semana, aqui. E siga a minha série com o título Os desmaios femininos na Quisse Mavota, aqui.

Dossier "Savana"

Queira consultar um dossier com peças do semanário "Savana" de 28/05/2010, aqui.

Seminário no CEA dia 4 de Junho


Se quiser ampliar a imagem (montagem de Sérgio Tique), clique sobre ela com o lado esquerdo do rato. Peço a vossa indulgência para um ou outro erro de ortografia no texto da minha responsabilidade ("Pergunda" em lugar de "Pergunta", "psicosomática" em lugar de "psicossomática").

O lampião que ama a casuarina


Foto por mim tirada no fim da tarde algures num hotel da cidade de Maputo. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas de postagens que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Dossier "Savana"; Seminário do CEA
* Séries: Cientistas sociais são sacerdotes? (3); Os desmaios femininos na Quisse Mabota (12); É nas cidades do país (
8); Os vasos capilares do poder político (11); Ciências sociais e verdade (8); Santos de casa não fazem milagres? (10); Já nos descolonizámos? (9); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (8); Moçambique dentro de 30 anos (série) (5) (recordar aqui e aqui)

Principais


Principais títulos dos jornais “O País”, “Savana” e “Mediafax”, aqui.

A "hora do fecho" no "Savana"

Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "A hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Deliciem-se com "A hora do fecho" desta semana, da qual ofereço, desde já, um aperitivo:

DZ


Essa e outras notícias no "Diário da Zambézia" de hoje, aqui.

Os desmaios femininos na Quisse Mavota (11)

Avanço mais um pouco na série, pegando na primeira das cinco instâncias por mim sugeridas no número anterior.
Aceitar que existem vários tipos de racionalidade cognitiva e comportamental talvez seja uma das tarefas mais difíceis da vida.
O que entendemos ser a nossa racionalidade parece ser amiúde acompanhado da crença na irracionalidade de outras formas de pensamento e de comportamento.
Acreditar que os desmaios (há quem prefira chamar-lhes quedas) ocorridos entre estudantes da Escola Secundária Quisse Mavota são provocados por espíritos irados, pode ser considerado irracional por vários de nós.
Porém, essa crença é racional, faz sentido para quem a aceita e partilha, bem mais sentido do que aquele que consiste em explicar o problema com a tensão nervosa e com os efeitos psicosomáticos em cadeia gerados pela proximidade dos exames.
E quem fala dessa crença na Escola Secundária Quisse Mavota, fala, também, da crença nos espíritos havidos como irados na Escola Secundária de Muelé, Inhambane.
O que entendemos ser a irracionalidade dos outros é, apenas, a sua racionalidade e, ao mesmo tempo, produto da nossa ignorância enquanto produtores do labelo.
Avanço para a segunda instância no próximo número, afinal uma parente desta.
(continua)
Adenda às 10:35: confira o “Canal de Moçambique” aqui.

Os vasos capilares do poder político (10)

Mais um pouco da série.
Diversos acontecimentos políticos em África e no mundo, mas, especialmente, a formação da Frelimo em 1962 e o início da luta armada em 1964, percutiram um variado movimento de modernização da gestão colonial em Moçambique no sentido de travar os efeitos de ambos os fenómenos.
Esse modernização abrangeu também os régulos. Considerou-se que precisavam de ter mais visibilidade, mais dignidade, mais poder do que aquele que se procurou dar-lhes desde 1945. Foi nesse sentido que passaram a ser vistos mais frequentemente nas cerimónias oficiais, a ter fardas e galões melhorados, casas de alvenaria, etc.
(continua)

27 maio 2010

Dois bois e dois cabritos para apaziguar espíritos

Dois bois e dois cabritos foram comprados pelo nosso Estado (governo da cidade de Maputo) para serem sacrificados em prol da paz, em cerimónia que, a realizar-se este sábado para apaziguar os espíritos causadores de desmaios em alunas (assim se acredita) na Escola Secundária Quisse Mavota, contará com a presença das famílias Mavota e Mabjaia. Notícia que me foi gentilmente enviada por AB e, depois, confirmada por um jornalista sénior da estação televisiva STV.
Adenda: sem comentários por agora.

DZ: FIR contra vendedores de rua


Segundo o "Diário da Zambézia": Força de Intervenção Rápida, gás lacrimogéneo e balas verdadeiras contra vendedores de rua em Quelimane. Foto do jornal. A ler às 00:09 neste diário.

A lua que ama o Índico às 17:20


Foto minha. Se quer ampliá-la, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas de postagens que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: A "hora do fecho" no "Savana"; Notícias da Zambézia e de Nampula com o "Diário da Zambézia" e o "Wamphula Fax"
* Séries: Cientistas sociais são sacerdotes? (3); Os desmaios femininos na Quisse Mabota (11); É nas cidades do país (
8); Os vasos capilares do poder político (9); Ciências sociais e verdade (8); Santos de casa não fazem milagres? (10); Já nos descolonizámos? (9); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (8); Moçambique dentro de 30 anos (série) (5) (recordar aqui e aqui)

Quisse Mavota em seminário no CEA

Pesquisadores do Centro de Estudos Africanos preparam um seminário público para a próxima semana sobre os “desmaios” na Escola Secundária Quisse Mavota. Manter-vos-ei informados sobre o objectivo, o dia, a hora e o local.

Principais


Principais títulos dos jornais "O País", "Zambeze", "Mediafax" e "Canal de Moçambique", aqui.

Cientistas sociais são sacerdotes? (2)

Avancemos um pouco mais.
Os cientistas sociais são um produto histórico da divisão social de trabalho, herdeiros dos intelectuais clássicos, retirados das funções básicas da produção física imediata.
A sua função consiste em pensar o social e em produzir conhecimento organizado segundo regras academicamente estabelecidas.
(continua)

Os vasos capilares do poder político (8)

Mais um pouco desta série.
Prossigo com a nota histórica.
A gestão política rural-colonial de Moçambique assentou nos regulados e nos corpos de cipaios. Estas duas instâncias desempenhavam, basica e interligadamente, cinco funções: preservação das tradições e dos costumes, cobrança de impostos, recrutamento de mão-de-obra para as plantações, farmas e trabalhos do Estado, gestão de pequenos conflitos (por exemplo, através do “Tribunal privativo dos indígenas”, monitorados por administradores coloniais) e policiamento rural.
A legalidade e a legitimidade dos régulos advinham, regra geral, do Estado colonial, não das comunidades.
A partir de 1962/1964, esse Estado passou a dedicar especial atenção política aos régulos. Veremos mais tarde por quê e como.
(continua)

DZ


Essa e outras notícias no "Diário da Zambézia" de hoje, aqui.

Os desmaios femininos na Quisse Mavota (10)

Mais um pouco da série.
A pergunta deixada no último número: que papel devem jogar os cientistas sociais em relação aos que uns chamam desmaios e outros, quedas, na Escola Secundária Quisse Mavota, periferia da cidade de Maputo?
Tenho para mim que a resposta mais simples deve ser a mais complexa.
Proponho que essa resposta passe por cinco instâncias:
1. A consciência de que existem vários tipos de racionalidade;
2. O respeito por protocolos de conhecimento e procedimento que não são os científicos;
3. A não confusão entre protocolos de conhecimento e procedimento pré-científicos e científicos;
4. A permanente busca de ética em todos os protocolos de conhecimento e procedimento pré-científicos e científicos;
5. A humildade permanente exigindo que estudemos os fenómenos em profundidade, jamais confundindo opiniões e divagações com resultados de pesquisa.
(continua)

Todo o homem é filósofo

"É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos." - Antonio Gramsci. Aqui.

Voz di Paz 2


Queira conferir o número 2 do "Eco da Voz di Paz" da Guiné-Bissau, aqui. Recorde o número inaugural neste diário aqui.

26 maio 2010

Rola curiosa


Entrou esta tarde na minha varanda traseira e, depois, decidiu estudar o ambiente. A minha máquina fotográfia fixou-a, ainda que usando eu uma lente errada. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.

Quadro sem imagem

Ela era cega, talvez com 27/28 anos, estava semi-encostada a um sinal de trânsito, ria-se no interior de um rosto triste brincando docemente com quem pensei ser seu filho, talvez com 7/8 anos, uma criança que presumi ter sarna no couro cabeludo. Indiferentes, os transeuntes passavam, algures nesta cidade de Maputo. Não tive coragem de usar a máquina fotográfica que em permanência me acompanha. Nem as palavras que tenho são suficientes ou úteis para descrever o que senti e sinto. Esta postagem sai sem imagens.

Postagens na forja

Eis alguns dos temas de postagens que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Todo o homem é filósofo; "Voz di Paz"; Notícias da Zambézia e de Nampula com o "Diário da Zambézia" e o "Wamphula Fax"
* Séries: Cientistas sociais são sacerdotes? (2); Os desmaios femininos na Quisse Mabota (10); É nas cidades do país (
8); Os vasos capilares do poder político (8); Ciências sociais e verdade (8); Santos de casa não fazem milagres? (10); Já nos descolonizámos? (9); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (8); Moçambique dentro de 30 anos (série) (5) (recordar aqui e aqui)