Outros elos pessoais

26 maio 2010

Quadro sem imagem

Ela era cega, talvez com 27/28 anos, estava semi-encostada a um sinal de trânsito, ria-se no interior de um rosto triste brincando docemente com quem pensei ser seu filho, talvez com 7/8 anos, uma criança que presumi ter sarna no couro cabeludo. Indiferentes, os transeuntes passavam, algures nesta cidade de Maputo. Não tive coragem de usar a máquina fotográfica que em permanência me acompanha. Nem as palavras que tenho são suficientes ou úteis para descrever o que senti e sinto. Esta postagem sai sem imagens.

4 comentários:

  1. Parabens Professor,

    Esta Vivo e 'e Humano, por isso sente.

    Havemos de vencer, havemos de tira-los de la, havemos de conseguir construir um amanha de sonho pra todos nos.

    Pra ja, vamos esperar que nos autorizem trabalharmos, e nos concedam espaco para criarmos, para inovarmos, pra vencermos,

    Ate la, vamos ouvindo discursos, distrairmo-nos dessa verdade nao reconhecida, desse despresar o proximo, dessa pobreza espiritual de quem manda que o status quo se mantenha, com mil uma formas criativas de nao enxergar a realidade, de inventar mentiras e poder se olhar ao espelho, para assim poder se louvar, todos os dias, a toda hora, pelo facto de ser superior, por saber roubar.

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  2. Com estas suas humildes palavras, Professor, toca, sem saber e nem querer, o mais fundo da minha sensibilidade. Grrrrrrr

    Sabe Professor, em 1981 era eu um "continuador da Revolucão mocambicana" e via o actual Presidente Guebuza mais outros dirigentes a mandar-nos apostar na "luta contra a pobreza absoluta". Volvidos hoje cerca de 30 anos, os mesmos "artistas" mobilizam-nos ainda a lutar contra a pobreza absoluta (e contra a pobreza espiritual). Só uma coisa percebo: eles já venceram a suas lutas e resto...

    Deixa estar karim, é so mais uma pedinte de esmolas.

    AAS

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  3. "Afinale", há gente que acordou!

    Falta apenas o passo seguinte:

    - AGIR.

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  4. "Quem não sente, não é filho de boa gente" ... e eu acredito nisto.
    Pobre jovem, que futuro será o dela?
    Quem irá ajudar esta moça?
    Não consigo ficar indiferente a situações destas.
    Maria Helena

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