Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
29 maio 2010
Produção incessante de universidades
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Sinceramente! Estou perplexo.
ResponderEliminarNão haja dúvidas: o epílogo deste improviso governamental pode, num futuro não muito distante, custar caro ao país, mas sobretudo, aos futuros doutores dessas universidades.
Se um hospital pode funcionar numa gruta (caverna), sim pode, mas quando o assunto é Universidade, convenhamos, é deveras preocupante.
Há sensivelmente 5 anos, valha-me à memória, o escritor Ungulani Ba Khossa disse, creio em 2005, para um jornal da praça, que algumas das nossas universidades, eram autênticas latas de conserva. Foi ignorado, infelizmente!!!
Para um país como o nosso, cujo bolo orçamental, na sua maioria, é "DOADO" pelos parceiros internacionais, criar universidades como cogumelo em tempo de chuva, pode, na minha opinião, custar caro à balança salarial ao Estado.
As universidades que temos, bem geridas, bem alientadas, bem coordenadas, bem estruturadas podem responder em curto prazo os problemas do país. Não sei de que mente saiu esta "sensacional" ideia de que abrindo mais universidade, funcionando como funcionam, a maneira, acaba-se, definitivamente, com as hecatombes.
Parir universidades apenas para certificar um exército de desempregados, tal e qual enfrenta Portugal hoje, é a mesma coisa que abastecer um carro, AVARIADO, de combustível.
Mesmo em países com mais de 1000 anos de experiência universitária, não produziram, em 30 anos, tantas universidades como o nosso têm produzido.
Cada vez mais me convenço que esta nova geração de viragem é produto de um sistema com tanta hemorragia intelectual. Quando se trabalha para mostrar calor dá nisso, palavra de última vergôntea dos Dias.
Zicomo
Viriato,
ResponderEliminarNao precisa de ficar preplexo, 'e problema de angulo de visao, problema de "viragem",
Voce tem que "virar" primeiro,
Poe te la de pernas pro ar, vais ver que esta tudo certo, diritinho, bonitinho.
Vamos fazendo de contas que estamos a formar para continuar alimentando discursos segundo os quais esta-se a levar a universidade para o polo de desenvolvimento, nao importa se ha ou nao condicoes. Nem sempre o politicamente correcto e socio-economico bom.
ResponderEliminarDaqui a pouco vamos ter um monte de gente com diplomas mas que nada sabe. Isto vai custar muito mais caro. Esta gente deformada pode, se nao conseguirem emprego, revoltar-se contra os seus proprios "deformadores". Nao digam que ninguem avisou
a autorizacao desta universidade e simplismente para tirar proveito politico. Se fosse no Niassa nao autorizavam.
ResponderEliminarMas os beiresse nao se importam, porque aquele povo sentiu na pele o desprezo do governo. Talvez um dia voltaram a acreditar ............
Dinhoo
Vou contar algo que aconteceu varias vezes quando eu ainda geria as operacoes no nosso escritorio em Maputo,
ResponderEliminarNos admitiamos licenciados em comunicao e marketing para periodo esperimental e avaliavamos o candidato e davamos formacao nesse mesmo periodo experimental,
Constatei que era muito complicado alinhar um licenciado em relacao ao trabalho a desenvolver em funcao aos objectivos da empresa pelo simples facto de "ele" pensar que sabia, quando nao sabia, o que deixava uma enorme margem de erro em analize em tudo mais o que "ele" desenvolvia como trabalho.
Isso para dizer que 'e melhor nao ser licenciado, do que ser mal licenciado, pois o nao licenciado 'e por norma mais "aberto" 'a aprendizagem do que o mal lienciado.
O que nos vemos hoje a acontecer em Mocambique, nao algo "por acaso", nos ja estamos a sofrer com consequencias dessa formacao sem qualidade.
Veja que os problemas do pais aumentam e a capacidade de gerar solucoes decresce, nao obstante o numero de licenciados em gestao e comunicao e outras areas tenha subido drasticamente nos 10-15 anos.
Os nossos licenciados nao estao dispostos a compreender, que existem diferencas entre os livros ( normalmente modelos cientificos nao nacionais - importados ), e a realidade no terreno, onde tais modelos na maioria dos casos nao sao compativeis, e precisam de inovacao e criatividade para adapta-los 'a nossa realidade.
Alias essa incompatibelidade tem gerado niveis de stress dos alunos ( comforme estudo de Dr Andrea - Mocambicana-Psicologia Organizacional - ISPO ).
Chegamos agora a uma situacao em que nos recusamos a reconhecer trabalho efecuado, com conclusoes claras, duma empresa cuja razao da existencia 'e desenvolver o pais, e ao invez de aproveitar esse conhecimento nacional gerado, buscamos destruir a empresa.
Nao sei efectivamente onde se pretende chegar, mas muito claramente, quando la chegarmos, vamos olhar pra traz e contatarmos o que poderia ter sido feito e nao o foi, por simples ma vontade nossa, quando propostas para solucoes sempre existiram,e nos nao quizemos aceita-las por razoes, que so os actuais detentores do poder poderao explicar com mais detalhe.