· O conhecimento não é natural, mas socialmente condicionado. Os factos não estão antes da teoria e dos postulados, mas dentro e depois.
· A vida em sociedade é uma interface permanente, por um lado entre causas, acaso e verdade e a sua interpretação; por outro, especialmente nesta etapa histórica, entre culturas.
· Não há indivíduos fora de relações sociais. Relações sociais contêm condicionamento, mas também estratégia e margem de liberdade.
· O conflito é inerente às relações sociais. Nas relações sociais está em causa a disputa por recursos de poder raros. Recursos de poder podem ser várias coisas. Por exemplo: riqueza, postos de comando, respeito social, acesso às universidades, direito às definições, anterioridade de chegada a um território, escrita da história, heróis epónimos, etc.
· O conflito por recursos de poder gera a produção “ideológica” de formas elementares de integração do Outro em categorias, atributos e teorias.
· A sociedade africana não é estrangeira a essas dinâmicas e a esses processos.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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