Suponhamos que A matou B e que há quatro pessoas potencialmente suspeitas. Uma lista aberta de suspeitos poderia ser formalizada assim (v=ou):
[a v b v c v d...v n] ® [a v b v c v d]
Ao contrário, uma lista fechada de suspeitos pode ser enunciada assim:
[a v b v c]
Ou assim:
[a v b]
Ou, finalmente:
[a]
Não é indiferente para o sucesso de uma pesquisa policial a utilização de listas abertas ou de listas fechadas.
Suponhamos, agora, a seguinte teoria X: «os homens roubam porque têm fome». Suponhamos que são recusadas a teoria Y «os homens roubam porque gostam de o fazer» e a teoria Z «os homens roubam porque não têm emprego, têm fome e porque acabam por gostar de roubar». Uma teoria como essa implica um a priori fechado formalizável assim( ~=não):
1) [X v Y v Z]
2)~ Y
3)~ Z
_________
4) X
Suponhamos que perante o fenómeno X se apresentam tipos de causalidades da seguinte forma:
-Qual é a causa de X?
-Quais são as causas de X?
-Quais são algumas das causas de X?
-Quais são as causas necessárias de X?
-Quais são as causas necessárias e suficientes de X?
-Até que ponto o fenómeno X é produto do acaso?
Etc.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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