E agora temos, com uma vitória retumbante, o reinado de Nicolas Sarkozy em França, nesta França ameaçada pela precarizaçao e pelo desemprego. A integraçao de uma parte dos socialistas de direita no governo, um populismo bem na linha do republicanismo neoconservador americano, de Berlusconi na Itália ou de Maria Azanar na Espanha. Uma esquerda de rastos, ela que, enquanto governou, bloqueou salários, fechou fábricas, suprimou empregos, privatizou uma parte do sector público. As primeiras medidas económicas e sociais estao já em curso. Supressao da carta escolar, impugnaçao do contrato de trabalho e do direito de greve, baixa da fiscalidade para os altos rendimentos, reforma das universidades apontando para a autonomia orçamental e para a propriedade imobiliária: um imponente programa de direita dura. Aguardemos as reaccoes populares.
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Com base no "Le Monde" de hoje e no "Le Monde Diplomatique" deste mes.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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