Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
2 comentários:
O paradoxo da nossa produção agricola deriva do seu elevado custo por se exercer com base em insumos quase todos importados os quais sao disponibilizados sem ou com inexpressivos subsidios. Assim, o produto nacional nao compete com o importado. E ao governo, qualquer que ele seja, interessa que os seus cidadãos encontrem alimentação a baixo custo. Daí que o governo não possa desenhar políticas proteccionistas ao produtor nacional que, mais a curto que médio prazo, está garantidamente condenado a falência e ao endividamento insustentável.
No entanto, para regular o mercado ou, pelo menos, monitorizá-lo, a fórmula de Samora com instituições como o CAIL, CAIA, MECANAGRO, AGRICOM, etc, ainda não foi ultrapassada em termos funcionais.
A estrangeirização da agricultura poderá eventualmente melhorar o PIB mas a produção agricola nacional continuará esta miséria.
PS: É recorrente a lamentação segundo a qual o campones nao vende os seus excedentes por falta de vias de acesso. Como é que o chinês vai buscar a madeira lá onde nunca existiu nenhuma estrada nem pessoas?
O grande obstáculo à produção e produtividade agrícola em Moçambique é, paradoxalmente, a única fonte nacional segura de receitas: os impostos. A política de maximização destes definha o potencial produtivo do país.
É o eterno problema do que é o princípio entre o ovo e a galinha.
E se os ovos forem todos para estrelar e os frangos para assar, somos alegres mas não temos uma economia. Por isso não podemos ser felizes
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