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Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Bem haja este Professor.
A tarefa é herculea num ambiente de escassez de quadros.
Contaram-me que numa escola seleccionada para ensino bilingue em Caia um professor tinha que dar aulas em língua sena sendo ele de origem maconde sob pena de ser substituido. Não querendo arriscar-se a perder o tão dificilmente assinado contrato, ocorreu ao bom do professor ir ao mercado local contratar um interprete de português - língua contratual do professor - e sena, língua do projecto de ensino bilingue naquela região. O salário do professor teve de ser repartido (o arranjo era a revelia das autoridades e do orçamento da educação), os alunos tiveram a tradução de conceitos sem observar princípios pedagógicos e o projecto da nação foi executado.
Num país como o nosso, parece-me, projectos multi lingues estão condenados ao fracasso porque não estão - e seria muito onerosos que estivessem - associados a projectos específicos de desenvolvimento de uma determinada língua entre as mais de 17 (?)e seus muitos mais dialectos.
Consolidar e transmitir o conceito de inequação ou integral em bitonga exige, penso, uma quantidade grande de pressupostos e conceitos prévios a não ser que a evolução das linguas so se processe por adopção ou empréstimode palavras e conceitos de outras línguas.
Como se ensinaria, no estágio actual da língua cichewa, o conceito de limite de uma função mediante determinada tendência da componente variável (EX:"o limite da função f(z) quando z tende para infinito")?
Em algum momento teremos que assumir as nossas línguas como línguas mortas porque apesar do louvável esforço do livro em assunto, pouco mais se pode e se está a fazer para desenvovê-las.
Por hipotese tenho que, escrever hoje em latim demonstra conhecimento mas não "vende". Respeito a ideia mas ainda não compro. Agradeço subsídios.
Nachingweya com forca de vontade tudo e possivel, mesmo se fossem 70 linguas. Africa do Sul tem 11 linguas oficiais, entenda oficiais e nao linguas Bantu faladas pq essas ultrapassam este numero que achas exorbitante...."Consolidar e transmitir o conceito de inequação ou integral em bitonga exige, penso, uma quantidade grande de pressupostos e conceitos prévios a não ser que a evolução das linguas so se processe por adopção ou empréstimode palavras e conceitos de outras línguas.", com estas palavras lembrei-me de ter lido que 90% das palavras do Ingles provem de emprestimos de outras linguas, entao se as nossas linguas fizessem o q esta lingua fez estariam a concorrer para se chegar aos niveis desta e de Swahili e Cicewa (lgs bantu muito estudadas). Assumir as nossas linguas como mortas e mesmo que assumir que nos nao existimos e q a nossa auto-estima (se e q ainda existe)esta estupidamente ameacada. A Educacao Bilingue so fracassara se o fracasso for da vontade dos decisores politicos,mas como as campanhas sempre serao em linguas mocambicanas pela lucidez (tipicamente nossa)de que falando em Portugues falamos com a minoria e q para vencermos precisamos de falar para a maioria, entao estas linguas tem e sempre terao um espaco de destaque. Eu sou a falor dos direitos linguisticos porque sao direitos humanos, mais nao disse...
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