Há pelo menos um representante do nosso país no Fórum Urbano Mundial, a decorrer no Rio de Janeiro. A partir daí e para pôr em marcha um programa que melhore a condição de vida de 800 mil pessoas na periferia da cidade de Maputo, nada melhor do que pensar na experiência brasileira. Assim, segundo o jornal "@Verdade", Luís Nhaca, do Planeamento Urbano e Meio Ambiente do Conselho Municipal de Maputo, representante do nosso país no Rio, afirmou que "A nossa proposta de projeto para o bairro Chamanculo teve como referência o que o Brasil está a fazer". Pergunta: e quando pensaremos em ter como referência o que Moçambique pode fazer, sem permanente referência ao exterior?
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
4 comentários:
Na verdade, enquanto nao soubermos o que podemos fazer, fica dificil sabermos ate que ponto as experiencias dos outros paises nos podem ser úteis e em que medida!
Estamos perante um aluno que nao faz o TPC: nao sabe o que nao sabe,mas ,paradoxalmente,quer passar!
As vezes também é "estratégico" dizer que copiamos deste ou daquele, assim forcamos que estes financiem os nossos projectos. Enfim, pensamentos viciados da relacão com doadores...
A tal de auto-estima que se fala acho que não passa de discurso ou comversa para boi dormir porque os nossos líderes e/ou "policy makers" nao a praticam.
quando nós atingirmos o estágio em que seremos capazes de dizer que nós também contribuimos para o conhecimento global, dermos os créditos ao "pensantes" locais acho que muita da referência local também vai ser usada como "padrão".
Mas isto também passa pela formacao do homem/mulher como um indivíduo independente, que acredite no seu potencial e que nao tenha que se "atrelar" a outros indivíduos ou instituicoes para poder vincar na sociedade.
E mais uma viagem para relaxar como tantas outras e muitos outros "workshops". Depois do encontro voltara certamente com muitas ideias que se vao desmoronando uma semana depois alegadamente por falta de fundos ou porque a realidade de um pais e diferente de outro...
Eu gostaria de saber mais detalhes deste projecto. Da ultima vez que estive no Rio, Prefeitura local tambem andava com ideias inovadoras. Tais como transformar FAVELAS em locais de atraccao turistica...
Assisti a palestras e tudo. E ate tenho uma brochura da Prefeitura detalhando os passos dessa execucao.
Do Brasil, tem vindo muita promessa para Mocambique. Mas ate agora, tirando os Neopentescostais, Lotarias Instantaneas e Novelas, so conversa para boi dormir. Veja-se o infeliz exemplo da Fabrica dos Anti-Retrovirais.
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