Hipótese A
Quando um partido que gere o Estado não tem concorrência no mercado das ideias, os movimentos de independência interna são possíveis, o pensar diferente pode surgir e muitas vezes surge por dissidência. Mas quando esse partido está em concorrência com outros, os seus membros cerram fileiras e todas as ideias divergentes são publicamente silenciadas, virando-se os canhões para o exterior ameaçante, especialmente se os concorrentes são fortes ou se um dos concorrentes é forte. Este quadro é especialmente claro em países com uma prática eleitoral ainda jovem.
Hipótese B
Quanto mais contínua for a vitória de um partido em pleitos eleitorais, maiores serão as tendências separatistas nos partidos adversários e maior a possibilidade de filiação no partido vencedor.
_____________________
Após o comentário de um leitor, pequenas rectificações foram introduzidas nesta entrada. Poderei voltar a trabalhar nela. Aguardo por mais comentários.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Penso em muitos casos, de diversos países (e até Moçambique). Esta "lei" merecerá múltiplas excepções. Onde se verificará o que sugere? Mera hipótese, espero.
Sem dúvida, mera hipótese como sempre.
uma hipotese, para anonimos. sem duvida.
Enviar um comentário