Quando te puseres a sempre difícil questão de colocares ao fenómeno que queres investigar a pergunta ou as perguntas de partida, pensa que o caminho que estás a trilhar está errado.
Começa, antes, por te colocares a ti-próprio certo tipo de perguntas. Por exemplo, pergunta-te por que e como fazes as perguntas ao fenómeno. Pergunta-te o que, na tua pergunta ou nas tuas perguntas de partida para o fenómeno, te leva a fazê-la ou a fazê-las. Pergunta-te, em particular, quais são os determinismos que te guiam.
Porque, nunca esqueças isto, tu és apenas o coágulo de muitos outros que por ti tentam falar, que te habitam em permanência, tu és o repositório de um social que assimilaste desde a tua infância. Claro, ter consciência disso não vai resolver problemas, mas vai ajudar-te a ter consciência do problema dos teus problemas.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Sem comentários:
Enviar um comentário