Aprendemos a usar as palavras como se tivessem vida por elas-mesmas ou como se efectivamente nomeassem fenómenos contendo neles-próprios a sua identidade e a sua razão de ser. Quer dizer, com as palavras aprendemos que o bom e o mau existem em si-mesmos, aprendemos que há coisas boas e coisas más independentemente das relações sociais, da conflitualidade dessas relações e da produção de pontos de vista e de etiquetas produzidos no interior dos conflitos sociais.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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