Há quem entenda que analisar um fenómeno é um discurso moral sem fim, injectado logo nas premissas; há quem entenda que a etiquetagem de grupos (malfeitores, irresponsáveis, charlatães, etc.) é analisar; há quem passe a vida a introduzir os seus julgamentos morais nas definições para os meter ao abrigo da verificação empírica; há, ainda, quem entenda que analisar uma situação ou um fenómeno é aceitá-la ou aceitá-lo, é justificá-la ou justificá-lo (recorde este meu texto aqui). Teremos de começar a analisar os que dizem analisar e que afirmam fazê-lo com rigor e isenção.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
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