Parece ser sensato aceitar que se gasta muito quando se tem muito e, portanto, que se gasta pouco quando se tem pouco. O problema é que os gastos podem ser inúmeros quando se tem pouco: dias de festa, casamentos, cerimónias fúnebres, por exemplo. É como se em situação de penúria houvesse a imperiosa e catárquica necessidade de superar o estigma do presente eterno através da degustação de um futuro sem restrições momentaneamente acessível.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
3 comentários:
Ora aqui está algo que faz pensar. Come-se e bebe-se até fartar.
Gastos sérios a pontos de famílias viverem mal durante meses...
É espantoso observar como em certos casos o choro estimula o apetite!
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