Outros elos pessoais

29 novembro 2008

Deviz Simango: o Obama do Chiveve (7)


No campo do multiplicidade factorial vou considerar dois tipos de influência na tendência dos votos na Beira: as influências políticas claras e as influências políticas contraditórias.
As influências políticas claras são aquelas que, porque em sintonia com as aspirações dos eleitores, com o agregado motivacional dos eleitores, com a realidade que eles diariamente vivem e analisam, os levam a votar conscientemente num determinado candidato ou num determinado partido.
Todavia, porque tendendo a conduzir indivíduos ou grupos em direcções opostas, as influências contraditórias são aquelas que paralizam as aspirações dos eleitores, os deixam divididos e os levam ou a abster-se de votar ou a votarem de uma maneira pouco usual. Os votos em branco e os votos nulos são, muitas vezes, efeitos das influências contraditórias.
No caso de Deviz Simango, ele esteve um pouco em todo o lado durante os últimos cinco anos. E sempre em guerra na guerra dos dons e dos créditos, tal como uma vez aqui escrevi, contra outros concorrentes políticos, designadamente dois executivos estatais: um da administração urbana da cidade da Beira liderado por Cremilda Sabino no que toca à preeminência e à visibilidade da gestão urbana e outro do executivo estatal liderado por Lucas Chomera no que toca ao que chamei "guerra das bandeiras dos partidos políticos".
Múltiplos trabalhos foram executados na Beira. Em Janeiro deste ano, por exemplo, escrevi que o executivo de Deviz ofereceu uma ambulância ao Centro de Saúde da Munhava e cinco balneários públicos a outros tantos bairros.
Foi no âmbito desses múltiplos trabalhos que Deviz - de resto um homem simples e sempre em contacto com o seu povo - e o seu executivo foram ganhando popularidade e respeito. Foi por causa dessa prestação pública de serviços que Deviz Simango recebeu os votos de muitas pessoas na cidade da Beira, creio que independentemente da sua filiação partidária. Este o campo das influências políticas claras. Falta ver o outro campo.
(continua)

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