Outros elos pessoais

11 outubro 2008

Roubo de gado, linchamentos e FIR

No que concerne aos quatro linchamentos ocorridos há dias na Ilha Josina Machel, o "Notícias" de hoje elaborou um trabalho no qual escreveu que "Os frequentes roubos de gado bovino que se registam na Ilha Josina Machel, nos últimos anos, ante o menosprezo das autoridades locais aparecem como razão de fundo da tragédia que nesta semana se abateu sobre aquele posto administrativo do distrito da Manhiça, província do Maputo."
Observação: muito interessante o facto de ter sido necessária a intervenção da Força de Intervenção Rápida, especialmente vinda de Maputo, para acalmar os ânimos. Entretanto, prossigo dentro de instantes a série com o título Linchamentos: como desarmar as mentes armadas?

4 comentários:

  1. Quando Maputo e a Nacao, enquanto os criadores reclamavam de serem roubados ninguem moveu palha para procurar e prender os larapios, e de repente ja ate a FIR desloca-se a de Maputo para a Ilha Josina Machel. Assim nao da.

    ResponderEliminar
  2. Aproveitei o que escreveu sobre a FIR para melhorar o título e incluir uma observação.

    ResponderEliminar
  3. Obrigado professor, curioso a FIR foi acalmar os animos mas nao esta a procura de quem matou o representante do Estado no local, pelo menos a partir da noticia. No caso de linchamentos por estupro e roubo, as comunidades chamaram de volta a responsabilidade de assegurar ordem, elas pluralizaram o direito de exercer violencia como forma de estabelecer a ordem. Isso porque o Estado nao tem Estado a assumir de forma adequado a responsabilidade de exercer o monopolio da violencia para manter a ordem. As mentes rearmam-se a cada instante que existem pessoas a sofrer, enquanto nao forem feitas intervencoes no sentido de prevenir cenarios de violencia, como valorizar a producao e o trabalho local, liga-lo a redes nacionais e internacionais de comercializacao. Ha que desarmar a pobreza, a injustica social, a apatia e o descaso do Estado perante os problemas da sociedade.

    ResponderEliminar
  4. Vamos a ver a continuidade da série, mais um número foi postado. Partilho o que escreveu sobre as soluções de fundo. Verá que chegará o momento em que apresentarei soluções no quadro do que o bispo Sengulane chamou um dia "visão bifocAL". Aguarde.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.