Outros elos pessoais

17 julho 2009

Sobre a violência doméstica

O jornalista Lázaro Mabunda escreveu um texto no "O País" tentando mostrar que "os deputados traíram o povo" (sic) ao porem de lado uma lei contra a violência doméstica abrangente em favor de uma lei apenas preocupada com a violência sobre as mulheres. O jornalista tomou em contra o "relatório das auscultações públicas realizadas nas três regiões do país – sul, centro e norte – no passado dia 12 de Maio, uma acção levada a cabo pela Comissão dos Assuntos Sociais, do Género e Ambientais em todas as regiões, (segundo o qual, CS) todos os participantes “foram unânimes em considerar que o projecto de Lei da Violência Doméstica contra a Mulher deve ser abrangente”, além de que tem de ser “denominada Lei Contra Violência Doméstica” com vista “a proteger todos os membros que sofram violência dentro da família”. O jornalista invoca mesmo, nesse sentido, o parecer da ministra da Justiça.
Ontem, no noticiário das 20 horas, a STV entrevistou vários cidadãos - incluindo duas senhoras - que se mostraram contra a visão da violência incidindo apenas em mulheres. Por outro lado, uma oficial da polícia (mas também psicóloga, a dra Lurdes Mabunda) afirmou (espero ter ouvido bem) que no primeiro trimestre deste ano foram comunicados à polícia cerca de quatro mil casos de violência doméstica, entre os quais 700 de mulheres contra homens*.
Enquanto isso, a Assembleia da República transferiu hoje para a próxima segunda-feira a continuidade da discussão (se ouvi bem o presidente da Assembleia da República, agora na especialidade e não mais na generalidade) sobre este delicado tema.
_______
* Aguardo que Lurdes me confirme esses dados.
** 10:23: A dra Lurdes Mabunda corrigiu os meus dados assim: 4716 casos, dos quais 3128 contra mulheres, 892 contra crianças e 699 contra homens.

2 comentários:

  1. Alguém me perguntou esta manhã se eu não tinha medo do que ando aqui a dizer, e a minha resposta foi mais ou menos esta: o meu advogado e o advogado de todos os moçambicanos sofredores das mais duras realidades do país é o Engº Deviz Simango. Por isso, enquanto a caminhada continuar e se for preciso, montanhas removerei para que este candidato seja o próximo presidente do país - Moçambique. É, digamos, o nosso santuário.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Um verdadeiro cruzado Mugabeano não teme.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.