Comentário: Aqui está o epílogo aparente de uma parte do processo de paz política no Quénia: a partilha de poder, um governo de coligação. Eleições marcadas por irregularidades, protesto da oposição, manifestações populares, centenas de mortes, milhares de refugiados. Agora, a partilha do poder, com tudo o que isso representa de recursos de poder a nível dos postos governamentais. Tenho para mim que o Quénia representará, doravante, o protocolo de um efeito político mimético que - prevejo - repercutirá na cena política africana.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
29 fevereiro 2008
Odinga é primeiro-ministro no Quénia
Comentário: Aqui está o epílogo aparente de uma parte do processo de paz política no Quénia: a partilha de poder, um governo de coligação. Eleições marcadas por irregularidades, protesto da oposição, manifestações populares, centenas de mortes, milhares de refugiados. Agora, a partilha do poder, com tudo o que isso representa de recursos de poder a nível dos postos governamentais. Tenho para mim que o Quénia representará, doravante, o protocolo de um efeito político mimético que - prevejo - repercutirá na cena política africana.
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Diz e prevê muito bem, Professor.
ResponderEliminarNão fossem os camaleões essencialmente Africanos, agora no bom sentido, claro está.
Os segredos da vida política talvez sejam, afinal, sensamente simples, ainda que os efeitos sejam, frequentemente, severos.
ResponderEliminarEssa medida resolvera o problema de violencia no Quenia, mas no computo geral, e' uma medida catastrofica. Enquanto Africa continuar a ter governos ilegitimos, dificilmente sairemos desta condicao miseravel que nos assola. Os governos tem que ser eleitos de acordo com o seu desempenho. Apesar das altas taxas de analfabetismo em varios paises africanos, os seus povos percebem bem isso de "desempenho" dos seus governantes. Se estes estivessem efectivamente a "dar o litro" pela melhoria das condicoes de vida dos seus povos, nao precisariam de partidarizar as CNE's e consequentemente, efectuar fraudes eleitorais. Este e' um cancro q ao ser combatido criara uma Africa nova e prospera!!
ResponderEliminarO que se passou no Quénia mostra bem a fragilidade de manter um compromisso com a transparência processual das eleições. Face a um sismo social grave, faz-se um arranjo no topo e encaixa-se no acesso aos recursos de poder uma faixa de candidatos. Mas, tal como escrevi, é apenas uma parte dos problemas que se se procurou resolver.
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