Temos montes de linguistas generosos cadastrando as nossas línguas nacionais (que ninguém ainda sabe quantas são). Entre essas línguas nacionais está (para mim) a portuguesa. As línguas são capturadas em suas miudezas técnicas. Mas nenhum linguista deste país quis ainda estudar o por baixo das línguas, aquilo que nelas é a alma, o jeito de ser e fazer a vida, de fazer amor com as coisas de forma inesperada.
-O senhor está bom Sr. Matsinhe?
-Mais ou menos....
Esta forma de eclipsar os extremos dualistas tem múltiplas outras maneiras que Hegel certamente não conhecia.
-Sr. Missone, faz favor, Mava é uma terra que fica longe?
E se as coisas são chatas, o nosso povo sabe como com elas lidar.
-A vida está complicada.
-Não há crise!
E, depois, para que alma se mantenha perene, em muitos verbos das línguas nacionais não existe o estado congelado do presente do indicativo do género "está", mas, antes, o estado transitivo, em movimento, do "está indo" (corrijam-me caso esteja errado).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.