Outros elos pessoais

11 setembro 2016

Sobre os G40 e os estrangeiros de cada grupo [4]

Terceiro número aqui. Finalizo o segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: 2. Os dois G40 do país. Na verdade, há dois G40, o próG40 e o contraG40, cada grupo com os seus intelectuais orgânicos, os seus "funcionários da superestrutura", como diria Gramsci. Nenhum pode viver sem o outro, sem o seu contrário. Na verdade, cada grupo só tem sentido e vida se confrontado com o outro. O conflito entre ambos - forma de socialização, diria Georg Simmel - não é um acidente, um contra-senso histórico, mas parte integrante da vida política. No nosso país, o próG40 defende as ideias e as acções do partido no poder e do Estado. Pelo contrário, o contraG40 ataca as ideias e as acções do partido no poder e do Estado. Cada grupo considera que a verdade está no seu lado e a falsidade, no lado contrário. Porém, em lugar de sintoma de descalabro, de anomia social, o conflito entre os dois G40 é uma fonte de vida, de democracia e de progresso social, desde que levada a cabo sem fins letais [com ideias e não com armas físicas] e independentemente dos partidos políticos em jogo e do número, formal e informal, dos seus membros da linha da frente.

1 comentário:

  1. O caso Gilles Cistac, Macuane e ate outras anonimas vitimas letais do curioso dialogo entre grupos de pressao antagonicos prova a impossibilidade do "SE"... Consequentemente, estamos em presenca de uma utopia academica.

    So se pode dialogar com as mesmas regras para ambos. Doutro modo, a confrontacao e inevitavel e a escalada incontrolavel.

    Ninguem e inocente!

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.