Quanto mais os gestores de um Estado investirem nos aparelhos repressivos e na repressão, mais alta será a composição orgânica da política e menor a taxa de lucro político, quer dizer, menor a legitimidade.
Décimo nono número da série. Sempre com hipóteses, finalizo o quarto ponto sugerido aqui, a saber: 4. Desafios políticos do heteropensamento. Escrevi no número anterior que Moçambique tem de fazer face a um fenómeno único e antigo: a existência de um exército privado, cujo comando partidário disputa ao Estado o "monopólio do uso legítimo da força física", para usar os termos de Max Weber [recorde aqui]. Esta situação, especialmente se mantida e agravada, mutila generalizadamente os ganhos na direção política e fortelece o crescimento da dominação política [recorde os conceitos aqui]. Uma das consequências é a crença na conspiração, a crença mecanicista, ao nível de certos sectores do partido reinante e do Estado, de que a crítica em geral e a crítica política em particular equivalem a pertencer à oposição partidária ou a apoiá-la ou, ainda, a servir interesses estrangeiros obscuros.
Nota: como tem sido meu hábito neste diário desde 2006, a qualquer momento posso modificar partes da série.
Adenda: leia uma notícia e veja um vídeo neste portal aqui.
Nota: como tem sido meu hábito neste diário desde 2006, a qualquer momento posso modificar partes da série.
Adenda: leia uma notícia e veja um vídeo neste portal aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.