No jornal "Notícias de ontem, em sua versão digital: "Mais de um milhão de crianças está envolvido em actividades consideradas como sendo trabalho infantil em Moçambique. Estes dados foram revelados ontem em Maputo por ocasião da discussão final da proposta do Plano Nacional de Acção para o Trabalho Infantil envolvendo o Governo moçambicano, através do Ministério do Trabalho, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e algumas organizações da sociedade civil."
Em livro editado há oito anos sob minha direcção, produto de uma pesquisa efectuada em 2005 (com o título Tatá Papá, Tatá Mamã/Tráfico de menores em Moçambique. Maputo: Centro de Estudos Africanos/Imprensa Universitária, 2006, 527 páginas), resumi o conteúdo assim: "O tráfico de menores é uma realidade em Moçambique, confirmado pela imprensa, por estudos de casos e por percepções populares, dando origem a uma grande preocupação social. Tatá papá, tatá mamã é como ele é, regra geral, identificado nos bairros periféricos de Maputo. O tráfico laboral e sexual para a África do Sul e o tráfico para extracção de órgãos são as duas modalidades mais visíveis. Bem menos visível é o tráfico laboral infantil, num país onde existem quatro milhões de crianças e de adolescentes em situação de fragilidade social. O exemplo de 35 crianças traficadas em 2005 na província de Manica para serem vendidas em farmas locais a 100 mil meticais cada uma é profundamente trágico. Vulnerabilidades sociais e institucionais facilitam e ampliam o tráfico. Várias medidas são necessárias [...]" Aqui.
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